A nuvem de suspeitas que recai sobre a deputada Flordelis (PSD-RJ) está impactando na igreja fundada por ela e seu marido, pastor Anderson do Carmo, assassinado há pouco mais de um ano. Nem a mudança de nome foi suficiente para evitar a debandada de fiéis.
Quatro das cinco filiais da igreja, antes chamada Ministério Flordelis e agora rebatizada de Comunidade Evangélica Cidade do Fogo, fecharam as portas, de acordo com informações do jornal Extra.
Em junho de 2019, antes do assassinato do pastor, a igreja tinha cinco filiais, além da sede – chamada Cidade do Fogo – em São Gonçalo. Agora, apenas esse templo e um localizado em Piratininga ainda continuam em funcionamento.
O periódico do Grupo Globo afirma ainda que, entre evangélicos das cidades da região, há a expectativa de que em breve todas as igrejas da Comunidade Evangélica Cidade do Fogo sejam fechadas em breve.
Anderson do Carmo era visto como uma liderança carismática e atraía fiéis com pregações extrovertidas. De outro lado, Flordelis costumava atrair público principalmente por sua performance como cantora nos cultos, história de atuação em causas sociais e também pelo papel como conselheira dos membros.
O assassinato do pastor e o surgimento de acusações contra Flordelis, agora denunciada à Justiça por envolvimento com o crime, levou fiéis a deixarem de frequentar os cultos nas filiais da igreja.
A prisão de um dos filhos afetivos de Flordelis, pastor Carlos Ubiraci, no último dia 24 de agosto, só agravou a situação, já que ele vinha exercendo a presidência da igreja desde que Anderson do Carmo foi assassinado.