Um pastor está denunciado sob a acusação de ter estuprado uma menina de apenas 11 anos de idade. O Ministério Público reportou o caso à Justiça como estupro de vulnerável.
O pastor Antônio Carlos de Jesus Silva, que também é psicólogo, foi afastado de suas funções eclesiásticas pela diretoria da Primeira Igreja Batista em Vila Kennedy (PIBVK), em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, após a denúncia.
Em nota, a congregação repudiou qualquer tipo de crime e disse aguardar que a Justiça apure o ocorrido analisando os fatos e as provas apresentadas para que o caso seja esclarecido.
“Em tempo, a PIBVK informa que o Sr. Antônio Carlos já foi afastado de suas funções administrativas da igreja, bem como de suas atividades pastorais”, resumiu a PIBVK.
De acordo com informações do portal Metrópoles, os abusos contra a menina de 11 anos teriam ocorrido entre novembro de 2020 e abril deste ano, tanto no gabinete pastoral quanto no consultório mantido pelo pastor em um shopping da cidade.
“Como ele [Antônio Carlos] é pastor da nossa igreja, ele se ofereceu para cuidar dela como psicólogo. Aí nós aceitamos a ajuda dele”, disse a mãe da menina, que não teve o nome revelado para preservar a identidade da vítima.
“Eu me sinto muito transtornada, triste, e ao mesmo tempo com raiva, porque nós, eu e a minha família, depositamos toda a nossa confiança nele, e ele se aproveitou da minha filha, que tem problemas mentais. O meu sentimento é de injustiça também, pois está todo mundo defendendo ele”, desabafou.
Indícios
A desconfiança da família começou quando a menina fez perguntas desconcertantes sobre violência sexual: “Ela estava na igreja com meu pai, que estava trabalhando, como de costume, e falou assim: ‘Vô, o que é estupro?’. Ele explicou, né, que é quando o homem pega a mulher à força… ‘Mas vô, eu quero saber isso porque o pastor veio por trás de mim e se esfregou em mim’. Meu pai ficou assustado, ele não estava acreditando. Ficamos com a pulga atrás da orelha”, relatou a mãe.
“Depois, em abril, quando ele [Antônio Carlos] começou a atender de novo no consultório [após ter Covid], ela entrou normalmente, mas quando saiu, foi e falou assim: ‘Vó, mãe, o pastor beijou o meu pescoço e passou a mão nos meus peitos’. […] Nós até vimos o pescoço dela, estava meio avermelhado. Ela falou isso e que ele tinha botado ela sentada no colo dele”, acusou.
A família denunciou o caso através da delegacia virtual, e agora a ação penal tramita na 2ª Vara Criminal Regional de Bangu em segredo de Justiça.
A mãe atribui uma piora do quadro psicológico da filha ao alegado abuso sexual: “Tive que levá-la ao menos duas vezes para o hospital Pedro II, porque ela teve crise, surtou. Estava chorando, agressiva; estava quebrando tudo dentro de casa. Chegando lá, falei sobre os problemas que ela já tinha e que isso piorou depois dos abusos. Depois disso, os medicamentos dela aumentaram”.
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