Desde que se posicionou em defesa do que a Bíblia ensina sobre a prática homossexual, a cantora Bruna Karla vem sendo alvo de ataques de ódio e intolerância por parte de quem, ironicamente, alega defender justamente o respeito à diversidade de pensamento no Brasil.
Felizmente, o número de pessoas reconhecidas que resolveu sair em defesa de Bruna Karla também é de chamar atenção. Entre essas está o desembargador federal e pastor evangélico William Douglas, considerado um dos nomes mais respeitados no mundo jurídico brasileiro, bem como no teológico.
Douglas comentou sobre a intolerância sofrida pela cantora gospel, classificando a reação como “um absurdo”. Ele explicou que a divergência sobre os mais diversos assuntos é natural, sendo o respeito ao contraditório algo vital numa sociedade democrática.
“Todos nós temos amigos com visões de mundo diferentes, as quais respeitamos, mas não aderimos”, disse ele ao Pleno News. “Quando alguém não aceita um convite meu para ir à igreja dizendo que não apoia/concorda com como a igreja age, eu: primeiro, respeito a opinião da pessoa; segundo, continuamos amigos; [e] terceiro, não saio dizendo que essa pessoa é cristofóbica.”
Homossexualidade é pecado
Bruna Karla, por outro lado, passou a ser rotulada por parte da imprensa nacional como “homofóbica”, após ela declarar que não cantaria em uma cerimônia de união homoafetiva.
Questionada sobre o convite que recebeu de um amigo, ela foi taxativa: “Fui bem sincera e disse: Ah, quando você se casar com uma mulher linda e cheia do poder de Deus, eu vou sim […] O dia que eu aceitar cantar em um casamento com outro homem, eu posso parar de cantar sobre a Bíblia e sobre Jesus”, disse a cantora.
Bruna também explicou que pessoas que não reconhecem, confessam para Deus e se arrependem dos seus pecados, como o da prática homossexual, serão condenadas à morte espiritual, devendo por isso se voltar para Cristo o quanto antes.
“Lá no julgamento, quando Jesus voltar, se ele estiver, ele vai falar: ‘Poxa, a Bruna andou comigo, ela sabia que eu estava errado, que o caminho que eu estava escolhendo era de morte eterna’. Eu chego a ficar emocionada porque se a gente abrir a nossa boca para dizer que você não vai para o céu… Gente, é morte eterna, inferno!”, completou a cantora.
Para William Douglas, as colocações de Bruna Karla são frutos da fé cristã, amparada pela Constituição Federal. Havendo discordância, no entanto, as diferenças devem ser respeitadas como parte da pluralidade das crianças e valores.
“Há muito espaço para a coexistência na diversidade, desde que um respeite as limitações do outro”, disse ele. “Discordar não é fobia, mas um direito previsto na Constituição.”
Para a psicóloga e ativista cristã Marisa Lobo, a reação contra Bruna Karla é mais preocupante do que parece. A pré-candidata à deputada federal pelo Paraná acredita que a intenção do ativismo LGBT é “censurar a igreja”. Em um artigo publicado recentemente, ela alertou:
“Se nós, como cristãos fiéis à ‘sã doutrina dos apóstolos’ (Tito 2.1), não nos levantarmos agora contra essa militância agressiva que visa impor goela abaixo da sociedade a sua visão de mundo, veremos amanhã pastores sendo arrancados dos púlpitos para ir responder criminalmente nas delegacias.”