O pastor e professor Milton Ribeiro foi empossado no Ministério da Educação nesta quinta-feira, 16 de julho, expressou sua esperança de contribuir com os rumos da pasta e pediu a Deus que o ajude na missão.
O presidente Jair Bolsonaro, que está em quarentena por ter sido infectado com o novo coronavírus, participou da solenidade de posse através de uma videoconferência, e descreveu Ribeiro como “um ministro voltado para o diálogo”, com a tarefa de usar sua experiência na área da Educação para fortalecer os valores defendidos pela proposta vencedora nas urnas em 2018.
“Tenho certeza que a transição será tranquila. Você terá como, pontualmente, colocar gente ao teu lado com o mesmo espírito seu. Se bem que, pode ter certeza, grande parte do ministério pensa como você. E eles agora, na sua pessoa, terão como fazer valer o seu potencial”, afirmou o mandatário.
Bolsonaro nomeou Milton Ribeiro há uma semana, no dia 10 de julho, após avaliar outros dois nomes, também evangélicos, para a pasta. O pastor é doutor em Educação e sucede Carlos Alberto Decotelli, que foi nomeado mas não chegou a tomar posse.
Em seu discurso, Ribeiro demonstrou estar ciente da complexidade de seu desafio: “Tenho consciência que não iremos solucionar o problema de educação no País. Mas procuraremos sim, com a ajuda de Deus, deixar um legado positivo e de esperança para as gerações futuras”.
“Conquanto, tendo a formação religiosa, o compromisso que assumo hoje ao tomar posse está bem firmado e bem localizado em valores constitucionais da laicidade do Estado e do ensino público. Assim, Deus me ajude”, acrescentou Ribeiro.
Aos 62 anos, Milton Ribeiro chega ao principal cargo que um educador pode ocupar na carreira, que é o de conduzir o Ministério da Educação. Pastor da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, em Santos (SP), é graduado em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em direito constitucional pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição da qual é ex-vice-reitor.
Antes de chegar ao MEC, ele integrou a Comissão de Ética da Presidência da República, e abdicou do mandato que iria até 2022 para assumir o posto deixado vago após as saídas de Abraham Weintraub e Decotelli.
A Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure) comentou a indicação de Ribeiro a pedido do jornal Gazeta do Povo e pontuou que por “conhecer o reverendo Milton, e o seu trabalho sempre técnico e pautado em valores sólidos, entendeu que a indicação é de um perfil adequado”.
“Se por um lado é um nome técnico, por outro é uma pessoa de diálogo. Certamente saberá conduzir os rumos da educação de forma que a diversidade será respeitada. Outra qualidade de Ribeiro é sua experiência administrativa ligada à prestigiosa Universidade Mackenzie”, destacou a Anajure.