O filme Duna, uma das produções de Hollywood mais esperadas em 2021, chegou aos cinemas e está tendo sua mensagem de transcendência espiritual associada à mensagem de Salvação bíblica, simbolizada por Jesus.
Abner Pereira, do canal Mundo Cópia, produziu uma resenha em vídeo na qual introduz os principais conceitos da obra literária que deu origem ao filme, publicada por Frank Herbert em 1965 e de grande influência na cultura pop em geral.
Ao detalhar os elementos da história e a forma como o diretor Dennis Villeneuve se propôs a conta-los no longa-metragem, Pereira explica que o principal fator de paralelismo a Jesus na estória de Duna está nas profecias que previram sua chegada e sua missão para vencer um sistema de opressão.
No universo fictício de Duna, a figura messiânica é referida pelo termo kwisatz haderach, derivado do hebraico “kefitzat haderech”, que significa “o encurtador do caminho”.
No filme, pondera Pereira, “isso pode adquirir significados mais profundos ou mais práticos, como aquele que terá capacidade de dobrar o espaço-tempo, e por conta disso, encurtar caminhos”.
Provado, o protagonista “é aceito pelos nativos como parte de sua comunidade, na esperança de que ele os liberte para viver em sua essência por definição, fremen, free men, homens livres”.
“Em paralelo ao Messias da Bíblia temos aquele que é o próprio caminho, e encurtou a distância eterna entre o divino e o humano, entre o céu e a terra, o criador e a criatura, unindo-se à humanidade e tomando a forma dos nativos desse planeta. Aquele que é o verbo de Deus, a voz de outro mundo, a Palavra encarnada que habitou entre nós para nos tirar do império das trevas”, acrescentou.
Ao final da análise sobre Duna e as profecias da estória, Abner Pereira resgata ainda mais um paralelo do personagem principal, Paul Atreides, lembrando que Jesus foi previsto através de “profecias milenares” e é “o descendente de Eva, mas também o filho de Deus, o herdeiro de um trono, mas também um servo sofredor”.
“Enquanto, segundo as Escrituras, os poderes malignos que conspiraram sua morte achavam que haviam vencido, era apenas o início da grande reviravolta, que terminaria com o Messias pisando a cabeça da serpente e destituindo sua autoridade usurpada. […] Talvez Duna seja sobre esse caminho encurtado entre o que sonhamos e o que de fato realizamos, o mistério entre o que foi predestinado a acontecer e a nossa responsabilidade de tornar isso real, entre a fé e as obras”, concluiu.