O Egito reagiu à confirmação de que o Brasil trabalhará para transferir sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém e cancelou uma reunião que faria com um grupo de empresários brasileiros na capital, Cairo. Em resposta, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que não se deve “dar bola” a esse tipo de represália.
A decisão de Bolsonaro em seguir a iniciativa dos Estados Unidos e reconhecer a soberania de Israel, que definiu Jerusalém como sua capital desde sua fundação, repercutiu negativamente na grande mídia, que em geral reproduz a cartilha da Organização das Nações Unidas (ONU), entidade atualmente vista como um centro de influência política de esquerda.
“Suspenderam a ida de empresários ao Egito, porque o Bolsonaro falou não sei o quê. Pelo amor de Deus, pelo amor de Deus! Vai dar bola pra isso, poxa? Quem decide onde é a capital de Israel é o Estado de Israel. O Brasil não mudou a capital do Rio para Brasília? Teve algum problema? Quem decide isso somos nós”, afirmou Bolsonaro numa live nas redes sociais.
Apoio a Israel
A Câmara Cristã Internacional do Comércio (ICCC, na sigla em inglês) realizou um congresso em Jerusalém com a presença de líderes e empresários cristãos, com o tema “Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gênesis 12:3).
“Deus escolheu Israel e o povo judeu. A pergunta que se segue para todos os cristãos é: qual é a contribuição do meu país para apoiar Israel? Ser abençoado por abençoar Israel é uma realidade espiritual que impacta empresas, relações governamentais e grupos de pessoas”, disse Jan Sturesson, presidente do Conselho Internacional do ICCC, ao portal Breaking Israel News.
Sturesson acredita que judeus e cristãos “têm uma história, um diálogo e um futuro em comum”, e pediu aos cristãos que defendam os valores judaico-cristãos, “promovendo negócios entre cristãos e judeus”, mantendo-se unidos em parcerias estratégicas, como forma de influenciar a sociedade como um todo.
O rabino Tuly Weisz, diretor da organização Israel365, acredita que a prosperidade do povo judeu não é medida pelo valor econômico, mas por uma bênção de Deus. “Todo o sucesso e inovação de Israel em tecnologia e agricultura — tudo é um milagre”, disse durante sua palestra. “O retorno do povo judeu a Israel nos últimos 100 anos e o incrível sucesso econômico que está ocorrendo aqui é um milagre, prometido e delineado na Bíblia, e não vem de nossos parceiros econômicos ou comerciais, nem nossa inteligência, mas de Deus”, acrescentou.