Um grupo de 200 manifestantes protestou contra o pastor Marco Feliciano no último sábado, 15 de junho, na cidade de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, RS.
Feliciano era um dos palestrantes convidados para o Encontro Interdenominacional de Missões Culturais, realizado pela Igreja Pentecostal Ebenézer Conversavadora.
O grupo portava cartazes, faixas e pedia a renúncia do pastor à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) com gritos e palavras de ordem, de acordo com informações do G1.
A Brigada Militar, força policial gaúcha equivalente à Polícia Militar, acompanhou os manifestantes no trajeto do protesto, que começou na Praça Getúlio Vargas, passou pelas principais ruas da cidade e chegou ao Parque da Oktoberfest, local onde o evento estava sendo realizado.
A manifestação foi pacífica, e nenhum confronto ou tumulto foi registrado pela Brigada. No momento que o pastor chegou ao local, por volta das 20h00, os manifestantes já não estavam no local.
De acordo com o site do jornal Gazeta do Sul, a manifestação foi organizada para expressar o desejo de que o pastor seja retirado da CDHM por incompatibilidade com o cargo.
“Há um insatisfação nacional em relação ao deputado estar na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e expressar publicamente suas opiniões com base religiosa sobre um assunto hoje tão polêmicos no mundo todo, como a busca por uma sociedade sem racismo, e também a aceitação da união homossexual. O que incomoda não é fato de ele ser pastor, ou estar à frente de um grupo de religiosos, ter certas opiniões e lutar pelos seus ideais – a liberdade de expressão é lei no nosso país e deve ser cumprida. O que indigna é ele ter sido escolhido para representar minorias e grupos que exatamente lutam por uma igualdade. O que ele está fazendo é exatamente o contrário de ajudar essas pessoas, está ‘lutando’ por uma sociedade patriarcal, onde negros sejam considerados amaldiçoados (palavras do próprio deputado), e onde o aborto seja um crime. Essa indignação contra políticos que não nos representam já foi demonstrada em outros movimentos, como os protestos ‘Fora Renan’ e o do ‘Basta à corrupção’ em maio”, declarou um dos organizadores.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+