Apontado como uma ameaça a crianças e adolescentes por suposta falta de privacidade, o uso do aplicativo TikTok pode ser definitivamente extinto dos Estados Unidos.
O aplicativo é de propriedade chinesa, mas o presidente Donald Trump fez uma proposta de compra por uma empresa americana para tentar garantir a continuidade da plataforma em seu país, mas de forma segura.
Para o aplicativo TikTok continuar operando nos EUA, a empresa compradora deverá exigir medidas para garantir a segurança de crianças e adolescentes, uma vez que o mesmo é acusado de favorecer a exploração de menores através dessa ferramenta.
A informação foi repassada por Lina Nealon, diretora de Iniciativas Corporativas e Estratégicas do Centro Nacional de Combate à Exploração Sexual. Segundo ela, o aplicativo estaria servindo para a exploração de crianças.
“Uma das coisas que fazemos é apontar plataformas online que facilitam ou financiam a exploração sexual e o TikTok certamente está fazendo isso”, disse ela, citando o Dirty Dozen List, um relatório que aponta quais ferramentas são utilizadas por abusadores para essa finalidade. O aplicativo aparece nessa lista.
“Especialistas estão alertando que o TikTok é como um playground para abusadores de crianças e adolescentes”, alertou Lina Nealon. “Não há controle suficiente para evitar que [esses abusadores] curtam, comentem e façam contato com mensagens diretas aos donos dessas contas”.
Segundo Lina, a empresa responsável pelo aplicativo não tem feito o bastante para garantir a proteção dos jovens, o que é preocupante considerando a grande disseminação do software a nível mundial. Até mesmo a Polícia Federal americana (FBI) já fez o alerta, cobrando soluções neste sentido.
“Então, temos esta campanha contra o TikTok, porque é preciso que tomem medidas para garantir mais segurança de seus usuários. Cremos que eles tenham tomado algumas, mas ainda não é o suficiente”, disse ela.
“A administração do aplicativo deve priorizar o abuso sexual de crianças online. O FBI está alertando sobre isso, porque cada vez mais crianças estão online, gastando mais tempo online”, destacou, segundo a emissora CBN News.
Lina também frisou que tem buscado apoio tanto do Congresso Americano, quanto das empresas de tecnologia no combate aos abusos e exploração sexual. Às plataformas digitais são palcos para esse tipo de prática, uma vez que o acesso de crianças e adolescentes ao mundo virtual é cada vez maior, e muitas vezes sem a supervisão dos seus pais.
“Nós temos apresentado ao Congresso essa situação e tentado sensibilizar corporações de tecnologia para realmente levar o abuso de crianças online a sério”, disse ela.