Um cristão iraquiano contou que Jesus apareceu a ele duas vezes em seus sonhos e testemunhou que foi preso pelo Estado Islâmico, torturado e colocado para ser queimado vivo três vezes pelo grupo terrorista, mas milagrosamente, não sofreu danos.
O homem, pertencente à etnia yazidi, relatou sua história angustiante em um documentário produzido por Sean Feucht e pelo ministério Bethel Music. “Os yazidis […] foram realmente alvos do genocídio do Estado Islâmico… foram estuprados, espancados, executados”, disse o diretor do documentário à emissora de TV Fox News. “O Estado Islâmico nem queria aprisioná-los, eles só queriam matá-los, limpá-los do mapa”.
Feucht entrevistou o homem, que não teve seu nome revelado durante uma ação de seu projeto Light A Candle (que pode ser traduzido do inglês como “acenda uma luz”), uma iniciativa sem fins lucrativos que oferece auxílio a pessoas em situação de vulnerabilidade em todas as partes do mundo, mas principalmente no Iraque, onde o Estado Islâmico estava no auge de sua brutalidade e impôs alguns dos piores sofrimentos do mundo.
O homem yazidi diz que ele foi queimado vivo três vezes pelo Estado Islâmico depois que descobriram que ele era um seguidor de Cristo. Ele disse que seu corpo “não ardeu” quando foi preso e torturado pelos terroristas islâmicos radicais por dois meses. “Ele falou comigo”, compartilhou o cristão perseguido, referindo-se a Jesus em seus sonhos.
Feucht disse a ele: “Jesus apareceu duas vezes para você em um sonho porque Ele ama você”.
O homem disse que ele havia sido apedrejado e drogado para ser queimado, antes dos membros do Estado Islâmico o encharcarem com 20 galões de gasolina. Mas apesar de ter sido queimado vivo, ele disse que inexplicavelmente sobreviveu ileso, e atribui sua experiência de milagre a Jesus. “E eles me queimaram, mas eu não queimei”, disse ele.
A história do cristão iraquiano é um relato do próximo documentário Hearts and Hands: Iraq (“Corações e mãos: Iraque”), que deve ser lançado ainda este ano. Uma prévia foi mostrada na conferência “Heaven Come” em Los Angeles.
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Feucht enfatizou que o documentário mostra o que os cristãos perseguidos enfrentam no exterior. Seu projeto recentemente arrecadou mais de US$ 100 mil para distribuir alimentos, cobertores, colchões e outros materiais, além de oferecer aconselhamento sobre terapia de trauma e programas para crianças, ensinar música e orar com cristãos perseguidos na região onde o cristianismo floresceu, mas está quase extinto, segundo relatos dos líderes da comunidade de fé na região.
“Eu sinto que somos realmente chamados para os lugares mais perseguidos, fechados, escuros e marginalizados”, disse o diretor do documentário. Nos últimos 15 anos, o líder de adoração da Bethel Music foi para a Coreia do Norte, Índia, Afeganistão, que ele resume como sendo “alguns dos países mais fechados e lugares onde é ilegal ser cristão”.
Mas Feucht disse que ele e seus parceiros de missão viram e ouviram histórias de incríveis milagres, e que se sente encorajado pelo crescimento da igreja no Iraque, China e Índia, lugares onde os cristãos são mais perseguidos.
“Nossa equipe está no Iraque agora, e o Departamento de Estado dos EUA acabou de enviar uma notificação dizendo que ‘todo o pessoal dos EUA deixou o Iraque’ e todas as ONGs foram embora, mas nossos caras ainda estão lá. Estávamos lá por causa do Estado Islâmico. Nós estivemos lá durante o pior dos piores [momentos]“, disse Feucht.
“Todos achavam que éramos loucos. Assim que todos estavam saindo, chegamos e, por causa disso, temos um próspero projeto lá”, reiterou Feucht, comentando que o trabalho missionário está no DNA de sua família.
Como filho de médicos missionários que o levaram em viagens a pessoas não alcançadas e lugares remotos, ele viu o que a maioria dos americanos cristãos, que representam apenas 5% da população cristã global, não conseguem ver: “Queremos redefinir as missões de uma geração para as quais somos realmente os primeiros a responder. Essa é a essência do Evangelho: entrar em lugares onde ninguém mais está disposto a ir”, concluiu o missionário.