As barbáries cometidas pelo Estado Islâmico no Oriente Médio e África voltaram à frequência de tempos atrás, quando não estavam sob bombardeio da aliança militar que tenta recuperar os territórios de Síria e Iraque. Agora, os extremistas parecem estar migrando para o Egito.
Dois cristãos foram mortos cerca de 48 horas após a divulgação de um novo vídeo, onde o Estado Islâmico promete perseguir e matar todos os seguidores de Jesus Cristo que vivem no Egito.
De acordo com informações da rede de televisão norte-americana ABC News, o cristão Medhat Hana, de 45 anos, foi queimado vivo na cidade de Alarixe, região nordeste do Egito. Horas depois, seu pai, Saad Hana, de 65 anos, foi morto a tiros. Seus corpos foram encontrados na última quarta-feira, 22 de fevereiro, “atrás de uma escola no centro da cidade”.
Forças de segurança do país afirmam que, somente em Alarixe, outros três cristãos foram mortos a tiros desde o início desse ano. No Egito, os cristãos são minoria da população, somando 9 milhões de pessoas, aproximadamente 10% dos habitantes do país.
Terror
O Estado Islâmico está acuado e praticamente expulso dos territórios que ocupou no Iraque e na Síria, e seus militantes têm fugido para áreas ao redor desses países, como por exemplo o Egito, onde trava uma guerra menos chamativa com os militares do país, mas igualmente sangrenta.
O grupo terrorista assumiu a autoria do atentado que matou 28 pessoas e feriu mais de 40 na Igreja do Cairo, em dezembro do ano passado.
No vídeo de ameaça de perseguição e morte aos cristãos divulgado no último domingo, o militante que se apresentou como perpetrador do atentado de dezembro afirmou ser Abu Abdallah al-Masri e garantiu que tomará a capital do país, Cairo. No entanto, o governo egípcio afirmou que ele é como Mahmoud Shafiq, um estudante de 22 anos.