O estudioso irlandês Nigel Barber, que é Ph.D. em biopsicologia, afirmou nessa sexta-feira (06) que até o ano de 2038 a população mundial será, quase que em sua totalidade, composta por ateus. Barber vive nos Estados Unidos, onde se dedica ao estudo das religiões, e divulgou essa análise tendo como base países onde o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é elevado.
De acordo com jornalista Paulo Lopes, o estudioso afirma que essa transição já ocorreu nos países de elevado padrão de vida, como a Suécia, Dinamarca, Bélgica, Noruega e Reino Unido. Ele conclui, portanto, que o enriquecimento das nações e a elevação de seu IDH, o que pressupõe uma justa distribuição de renda, levam as pessoas a superar as crenças religiosas.
– A ideia básica é que as pessoas, ao deixarem a pobreza, ficam menos preocupadas com suas necessidades básicas e com a possibilidade de morrerem precocemente em consequência da violência ou da doença – afirmou o estudioso em seu blog na seção de ciência do Huffington Post.
– Em outras palavras, elas se sentem mais seguras de sua existência e não precisam recorrer a entidades sobrenaturais para acalmar seus medos e inseguranças – concluiu o estudioso, que disse ainda que as pessoas procuram as igrejas para se salvar de dificuldades e incertezas da vida e que, hoje, profissionais como psicólogos e psiquiatras podem perfeitamente suprir essa lacuna.
No mesmo dia em que Barber publicou seu texto com essas afirmações, o rabino Eric H. Yoffie contestou o estudioso em seu blog, também no Huffington Post, afirmando que a previsão de que o ateísmo vai superar as religiões decorre das limitações de Barber, que, por ser ateu, não consegue entender que a vivência religiosa não é resultado da pobreza e privação.
O rabino disse ainda que os estudos de Barber são tendenciosos e carecem de humildade, por considerar a religião como um “fator incidental na história” e não reconhecer sua importância na história de toda a humanidade.
– A religião é importante e é dinâmica, muito viva – afirmou Yoffie.
No Brasil, em contraste à opinião de Barber, o IBGE mostrou um grande aumento da população de evangélicos na última década. De acordo com o estudo, o número de ateus no país se manteve quase o mesmo nos últimos dez anos, sem nenhum avanço segnificativo
Fonte: Gospel+