Uma pesquisa realizada pela Sociedade Bíblica britânica revelou dados preocupantes, mas ao mesmo tempo esperançosos para a Igreja Cristã. O estudo aponta que apenas 18% das pessoas nessa região não consideram a Bíblia importante, mas também que grande parte dessa percepção é pela falta de compreensão dos textos sagrados.
Chamada de “Faith in England and Wales”, a pesquisa também revelou que 61% dos 20.000 entrevistados disseram achar importante a leitura das histórias bíblicas para as crianças, destacando a importância da Palavra de Deus sobre a formação da cultura atual.
“Temos a oportunidade de mostrar às pessoas como este livro, que eles sabem ser significativo para nossa cultura, e eles sabem que é algo que eles gostariam que seus filhos soubessem, é realmente profundo, pessoalmente relevante para eles”, disse Paul Williams, executivo da Sociedade Bíblica.
Williams acredita que a Igreja Cristã precisa entender melhor o que está impedindo a compreensão de tais pessoas, para que o Evangelho chegue até elas de forma eficaz. “Precisamos aprender a nos comunicar.”, destacou, segundo informações do Premier.
Essa noção se baseia na própria pesquisa, uma vez que 25% dos entrevistados se disseram abertos ao aprendizado do Evangelho. “Queremos ajudar a aumentar a confiança na Bíblia entre os cristãos. Sabemos que houve alguma perda dessa confiança por todos os tipos de razões, incluindo a secularidade de nossa cultura”, disse Williams.
Uma das alegações dos entrevistados para a falta de interesse na Bíblia é a de que o livro estaria “desatualizado” diante das transformações modernas, um dado que para Williams só comprova a falta de conhecimento de tais pessoas.
“Queremos mudar a conversa sobre a Bíblia, entre os não cristãos. Sabemos que muitas vezes ouviremos na mídia, por exemplo, que a Bíblia está desatualizada, contraditória, homofóbica, mas, na verdade, há uma alta porcentagem de população que realmente não conhece a Bíblia, mas está interessada nela”, disse ele.
Por fim, o executivo conclui dizendo que muitas pessoas acreditam que Bíblia “pode ser uma fonte de orientação e uma fonte de esperança, mas realmente não sabem como acessá-la por si mesmas”, destacando a necessidade das igrejas implementarem estratégias visando a superação dessas dificuldades.