Se as eleições presidenciais fossem realizadas em abril deste ano entre evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) seria reeleito no primeiro turno. O recorte foi feito com dados coletados em uma pesquisa da empresa PoderData.
Ao todo foram entrevistados 3.000 eleitores em 322 municípios dos 27 estados do país, entre os dias 10 e 12 de abril. A empresa afirma que o extrato social tenta reproduzir a composição real da população entre homens e mulheres, formação escolar, faixa etária e renda.
O recorte entre evangélicos mostra o presidente Jair Bolsonaro reeleito em primeiro turno com 53% das intenções de voto, contra 24% do ex-presidente Lula (PT), conforme o PoderData.
“A fotografia favorece a campanha de reeleição, mas o filme é ainda melhor. Há apenas 15 dias, o mesmo instituto apontava que Bolsonaro tinha 43% das intenções de voto dos evangélicos, contra 31% de Lula”, comentou o analista político Caio Coppola.
“No intervalo de duas semanas, Bolsonaro ganhou 10 pontos, Lula perdeu 7 pontos, e a distância entre eles cresceu para 29 pontos percentuais. Isso é um abismo estatístico”, acrescentou Coppola na Jovem Pan News, após analisar os números da pesquisa do PoderData.
A mudança no cenário apresentado pela pesquisa pode ser resultado das declarações de Lula a favor do aborto, por exemplo: “Para o petista, o aborto deveria ser um direito de todos, acessível pelo sistema público de saúde”, recapitulou.
“E o Lula ainda acrescentou que como o planeta Terra não possui recursos suficiente para suprir a humanidade, uma política de saúde pública pró-aborto garantiria padrões mínimos de qualidade de vida, pelo menos para aqueles que não morressem abortados nos leitos do SUS”.
Cenário geral
Embora o cenário geral da pesquisa não aponte, atualmente, a hipótese de Bolsonaro ser reeleito no primeiro turno, os dados mostram que o oposto, com Lula vencendo a eleição de primeira, também não poderá ocorrer.
O PoderData indicou que Lula tem 40% das intenções de voto, contra 35% de Bolsonaro. Os nomes que se apresentam como alternativa, a chamada “terceira via”, não passam de 5%, como é o caso de Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB).