O uso de assessórios, óleos e outros materiais eróticos no meio evangélico é acima da média, aponta uma pesquisa realizada recentemente no Brasil.
A Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico divulgou um corte por religião de uma pesquisa feita para conhecer os hábitos dos consumidores nacionais em relação ao uso de produtos eróticos, como fantasias, óleos de massagem e assessórios diversos na hora do sexo, e os dados mostraram uma predileção dos evangélicos por essa gama de produtos.
“Veja que inusitado. Levantamento da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual mostra que 28,1% dos evangélicos usam produtos eróticos, enquanto só 17% das pessoas de outras religiões afirmam usar”, informou o jornalista Ancelmo Góis, do jornal O Globo. “O motivo é… não sei”, acrescentou, bem-humorado, resumindo a curiosidade que os dados despertam.
A informação apenas reitera a visão de empreendedores que atuam nessa área junto ao público evangélico. Em 2015, o casal Lídia e João Ribeiro revelou que sua empresa, focada em oferecer produtos eróticos para casais evangélicos, estava em crescimento franco.
No ano seguinte, outra empresa especializada revelou que suas vendas cresceram 30% após montar uma linha de produtos mais discretos, voltados ao público evangélico, como géis comestíveis em variados sabores, canetas com calda comestível, gel de excitação feminino, prolongador de ereção masculino, óleo redutor do canal vaginal, que promove a sensação de “virgindade”, e por fim, um gel que promove “vibrações” através de contrações na pele e nas mucosas.
“A ideia principal é que o casal se sinta à vontade para comprar e tenha a certeza de que não está sozinho. Não há motivo para vergonha. Somos 52 milhões de evangélicos no Brasil e não tínhamos uma linha específica”, explicou Ribeiro, á época.