O crescimento dos adeptos aos islamismo e o surgimento a cada dia de novos grupos extremistas muçulmanos vem preocupando líderes cristãos. O assunto foi abordado pelo evangelista Peter Youngren, fundador do World Impact Ministries, uma entidade cristã de atuação internacional, em um artigo.
Peter publicou no Chrisma News oito razões para acreditar que nos próximos anos o mundo assistirá um “grande despertar” dos fiéis muçulmanos para a mensagem do Evangelho pregada pelos cristãos. “As Escrituras dão muitas razões para esperar um despertar do Evangelho em todo o mundo islâmico”, resumiu.
Confira os oito pontos mencionados pelo evangelista:
1 – Deus prometeu a Abraão que o mundo árabe conheceria “o caminho do Senhor”.
“Abraão teve pelo menos oito filhos, primeiro Ismael com Agar, então Isaque com Sara e, finalmente, mais seis filhos com Ketura (Gênesis 25: 1). Enquanto Cristo viria através de Isaque, Deus prometeu que todos os ‘filhos’ de Abraão iriam conhecer o ‘caminho do Senhor’, pois ‘Eu o conheço, a fim de que ele ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que mantenha o caminho do Senhor, para praticarem retidão e justiça, que o Senhor faça vir a Abraão o que Ele tem falado com ele (Gen. 18: 19)’. Ismael e os filhos de Ketura são antepassados para o mundo árabe, e a promessa de Deus é clara de que eles vão conhecer o caminho do Senhor. Essa promessa divina só pode ser cumprido se eles conhecerem quem disse: ‘Eu sou o caminho’”.
2 – Deus prometeu bênçãos para Ismael.
“’Quanto a Ismael, eu te ouvi. Eis que o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutífero, e multiplicá-lo-ei excessivamente… Dele farei uma grande nação (Gn 17:20)’. Deus prometeu a Sua bênção sobre Ismael. Existe alguma bênção para além do conhecimento de Jesus Cristo? Mais tarde, quando Agar e Ismael estavam prestes a morrer de sede, Deus abriu os olhos de Agar, e ela ‘viu um poço de água’. Se Deus se importava o suficiente para mostrar-lhes uma fonte de água para saciar sua sede física, não é razoável esperar que Deus também irá mostrar aos descendentes de Ismael a ‘água viva’?”.
3 – As profecias bíblicas sobre o mundo árabe.
“Imagine se as profecias bíblicas listassem os nomes de cidades em toda a América, com promessas de alegria e de salvação. Embora nem Nova York, Chicago ou Los Angeles sejam mencionados pelo nome na Bíblia, nós ainda acreditamos que a glória de Deus se manifesterá em cada cidade e aldeia por causa da obra consumada de Cristo e por causa de João 3:16.
Quando se trata do mundo árabe, a Bíblia menciona cidades e países onde a glória de Deus será revelada. Como é que tantos cristãos ignoram essas profecias? A Bíblia promete que ‘o deserto e as suas cidades levantarão a sua voz, as aldeias que Quedar [o primogênito de Ismael] habita gritarão de alegria (Isaías 42:11). Isaías descreve como Midiã, Efa, Kedar e Nebaioth [da península da Arábia Saudita] trará ofertas e ‘proclamarão os louvores do Senhor’ e serão aceitas por Ele (Isaías 60. 6-7).
Em Salmos, lemos que a Babilônia, Filístia, Tiro e Etiópia vai falar favoravelmente sobre Sião, por causa de quem nasceu lá (Salmo 87: 4-7). Philistia [Gaza] vai ‘gritar em triunfo por causa do Senhor’ (Salmos 60: 8). Habacuque fala que glória de Deus virá de Temã, local que hoje é o moderno Iêmen (Hab. 3: 3-6). Não podemos, em face destas e de outras Escrituras semelhantes, considerar o mundo árabe como espiritualmente sem esperança”.
4 – O evangelho será pregado entre ‘todas as nações’ (Mt 24:14).
“A palavra grega para as nações é ethnos , que é qualquer grupo de pessoas que se distinguem por sua cultura e/ou linguagem. Existem milhares de etnias, onde a maioria, e em muitos casos, perto de 100 por cento das pessoas aderem ao Islamismo. Esses grupos e essas pessoas não foram incluídas na palavra profética de Jesus?”
5 – O derramamento do Espírito Santo será “sobre toda a carne”.
“Será que ‘toda’ significa tudo isso?
6 – Deus reconciliou o mundo através de Cristo (2 Cor. 5:19).
“Os muçulmanos são incluídos na ‘reconciliação’? Lembre-se, a reconciliação ocorreu quando ‘éramos inimigos de Deus’ (Rom. 5:10), e muitos muçulmanos são apenas isso. Ainda Jesus ‘pôs de lado os pecados do mundo’. Não, este não é o universalismo. A Bíblia faz uma distinção clara entre a ‘reconciliação’ e ‘salvação’, pois ‘se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (Romanos 5: 10)’. É claro, a reconciliação é uma realidade histórica objetiva que ocorreu com a morte do Filho de Deus, ao passo que a salvação é uma outra questão. Para sermos salvos, devemos recebê-Lo. Ele está vivo e sua vida nos salva, porque ‘quem tem Jesus tem a vida’. Esse é o poder do evangelho, e os muçulmanos não estão excluídos”.
7 – Deus nos deixou um testemunho de si mesmo para os muçulmanos.
“Há 97 referências a Jesus Cristo no livro sagrado do islamismo, o Alcorão, que diz que Jesus nasceu de uma virgem, era sem pecado, operava curas, era o Messias, era a palavra de Deus, e era o juiz da humanidade. Muitos líderes de denominações liberais ‘cristãos’ não acreditam nessas coisas. Não se engane: há questões divisórias enormes. Os muçulmanos não acreditam que Cristo é o Filho de Deus, Deus que veio até nós para nos mostrar Deus, ou que Ele morreu na cruz e ressuscitou. Estas são as questões mais centrais, e não há espaço para concessões.
8 – Deus ama o mundo.
“Cristo morreu para o mundo. Ele ordenou que fôssemos a ‘todo o mundo’. Se o mundo muçulmano for excluído? A resposta bíblica é clara: ‘O Sangue de Cristo não é somente pelos nossos pecados, mas também pelos pecados de todo o mundo (1 Jo 2, 2)’.”