Com a crise política e econômica se agravando na Venezuela, comandada pelo regime socialista de Nicolás Maduco, milhares de venezuelanos estão procurando asilo no Brasil na esperança de encontrar melhores condições de vida. Para os missionários da Junta de Missões Mundiais (JMM), essa é uma oportunidade para anunciar o evangelho de Jesus Cristo, além de prestar auxílio social.
Apesar da intenção ser boa, eles têm encontrado resistência dos militares que organizam o asilo temporário dos refugiados. O Exército, nesse caso, é o responsável por controlar a distribuição dos venezuelanos nos abrigos, o que está dificultando o trabalho missionário, segundo Paulo Ricardo da Silva, um dos voluntários na missão:
“Em um sábado. Fomos para frente de um abrigo pedir a liberação do capitão para entrarmos. Depois de esperar uma hora no sol e em oração, as Forças Armadas abriram as portas. Não podíamos dizer que estávamos lá para evangelizar, se não seríamos expulsos. Mas cremos no poder de Deus”, disse ele, segundo a JMM.
A missão faz parte do programa “Voluntários Sem Fronteiras”, a qual procura ajudar pessoas em várias partes do mundo com ações evangelísticas e assistência social. Apesar da dificuldade, os missionários encontraram um meio de superar às barreiras: aulas de português.
“Deus nos mostrou essa ferramenta para poder conquistar não só amizade desse povo, mas também as autoridades que estão aqui”, diz o voluntário, destacando que isso tem levado esperança para os refugiados, já que muitos desejam encontrar trabalho no Brasil e para isso precisam dominar o idioma.
“Grandes coisas o Senhor tem feito durante esse tempo e muitas pessoas têm tido esperança”, acrescenta Paulo Ricardo da Silva.
A iniciativa foi posta em prática em Roraima e Boa Vista, no mês de abril, por uma carava de missionários da JMM. Graças a esse trabalho, seis venezuelanos já entregaram suas vidas para o Senhor Jesus e atualmente moram na casa de alguns irmãos em Cristo.