Tricampeão brasileiro pelo São Paulo entre 2006 e 2008, o ex-jogador Alex Silva também já passou por times como o Flamengo, Cruzeiro, Boa Esporte e Brasiliense, além de ter integrado a equipe da Seleção Brasileira que venceu a Copa América em 2007. Nenhuma dessas conquistas, no entanto, foram mais importantes do que a sua conversão a Cristo em 2014.
Alex Silva contou em uma entrevista como estava em um caminho errante, até ser detido por embriagues ao volante e ir parar na delegacia. Felizmente, o momento de caos serviu para lhe abrir os olhos e perceber que era a hora de mudar.
“As portas já estavam se fechando depois que saí do Flamengo em 2013. As coisas estavam saindo do meu controle. Algo estava errado, mas a gente ainda reluta em solucionar com nossas próprias forças.”, disse o ex-jogador.
“Em 2014, fui pego em uma blitz em Campinas, paguei fiança e foi ali que a ficha caiu. De que o caminho que estava seguindo era perigoso. Eu tinha que procurar uma mudança. Fui apresentado a Cristo. Fui para a igreja, ouvi a palavra e me apaixonei. Foi em 2014, após essa blitz, na delegacia.”, completou.
Alex Silva atualmente é membro da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Belém, no interior de São Paulo. O ex-jogador já recebeu um convite para atuar como técnico do clube Jorge Wilsterman, da Bolívia, um trabalho sonhado por muitos atletas do futebol depois que se aposentam. Mas para o ex-zagueiro, servir a Deus e investir tempo com seus filhos é o mais importante.
“Tenho rodado o Brasil compartilhando o testemunho, pregando a palavra de Deus. Estou feliz, pois a gente está mudando vidas. Mostrando o caminho decente, o caminho verdadeiro. Hoje, estou focado nisso. Contando o testemunho do que Deus fez na minha vida.”, disse ele, segundo o Globo Esporte.
“Eu procuro contar aquilo que aconteceu na minha vida. A ilusão que essa vida oferece, a busca de prazer que o ser humano tem e que o leva a cada vez mais se afundar”, contou.
Alex Silva ainda joga futebol com os amigos durante eventos de confraternização, mas a única “equipe” que dirige atualmente como técnico é a sua família, algo que ele considera ser a prioridade da sua dedicação, já que passou muitos anos distante dos filhos devido à carreira esportiva.
“Eu pretendo continuar, como disse, nesta vida espiritual. Encontrando amigos nestas confraternizações, nestes eventos (jogos festivos). No meu caso, 19 anos jogando futebol, viajando, dentro de uma concentração. Dezenove anos sem estar ao lado dos seus filhos no Dia das Crianças, dos Pais, Páscoa, aniversário.”, pontuou.
“E acredito que o treinador tem o dobro da carga horária do jogador. Até por isso, eu decidi deixar o futebol. Recebi um convite para ser dirigente do Jorge Wilsterman, mas pensei justamente nisso, na oportunidade de desfrutar dos meus filhos e estar ao lado deles”, conclui.