Um antigo terrorista palestino, ex-membro da Fatah (facção muçulmana que prega a “resistência armada” contra Israel), converteu-se ao Evangelho e vem contando seu testemunho aos conterrâneos, buscando semear a palavra de Deus.
Tass Saada havia se juntado à Fatah na mesma época em que Yasser Arafat, falecido presidente da Autoridade Palestina, despontava como grande líder político do povo palestino.
Treinado como guerrilheiro, Saada era conhecido como “açougueiro”, por ser o franco atirador das unidades de elite da Fatah. O ex-terrorista afirma que o ódio que sentia pelos judeus era proporcional à sua admiração por Arafat.
Tempos depois, Saada se mudou para os Estados Unidos, arrumou emprego e casou-se com uma norte-americana. Mas, mesmo com a vida que levava, não se sentia em paz, e um amigo da família falou a ele sobre Jesus.
“Ele colocou uma Bíblia no meio de nós dois e eu me assustei e me afastei da Bíblia. Ele disse, ‘Porque você se afastou assim?’ Eu respondi: ‘não posso tocar nisso’. Ele disse que era apenas um pedaço de papel, e eu retruquei: ‘Não, tem escrito o nome de Deus e suas palavras’. Foi quando ele me disse: ‘Então, você crê que esta é a Palavra de Deus?’. Eu respondi que sim. Não sei porque eu disse sim, pois os muçulmanos não acreditam que a Bíblia seja válida como palavra de Deus…”, contou Saada.
O ex-terrorista diz que a conversa foi tão intensa, que perdeu a consciência por um instante. “ “A próxima coisa de que me lembro é estar de joelhos e com minhas mãos levantadas, convidando Jesus”, testemunhou Saada.
Entretanto, a história de transformação tinha apenas começado, segundo ele. “Esse amigo disse que para ter a paz que ele tinha, eu teria que amar os judeus. Fiquei frio. Ele sabia o quanto eu odiava os judeus”, relembra, antes de dizer que aos poucos, deixou o ódio de lado e começou a olhar para Israel de outra maneira.
No livro “Once An Arafat Man” (“Um Antigo Homem de Arafat”, em tradução livre), Saada conta seu testemunho, e fala sobre sua nova visão a respeito do conflito entre judeus e palestinos.
“Não acredito na solução de dois estados porque acredito que essa terra pertence aos judeus. Não pertence a nós. Mas por outro lado, acredito que temos o direito de viver nessa terra”, afirmou.
Agora, o ex-terrorista atua num projeto social fundado por ele, chamado “Seeds of Hope” (Sementes da Esperança), ajudando conterrâneos na Cisjordânia e na faixa de Gaza, e diz que muitos adeptos do islã estão se convertendo ao cristianismo: “Milhões de muçulmanos em todo o mundo, especialmente na Arábia Saudita, em Qatar, em todas as 12 nações de Ismael, há muitas conversões”, revelou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+