O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) tenta contornar a longa crise política e social que sua eleição à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) abriu na Câmara dos Deputados e sociedade como um todo.
Feliciano afirmou, em entrevista ao Estadão, que propôs ao presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, um acordo para negociações.
“Ontem (quarta-feira) falei com um dos líderes do movimento LGBT, o Toni Reis. Eu falei: Toni, vamos conversar, vamos criar uma ponte, me coloquei à disposição deles. Ele falou que vai pensar em alguma coisa. Tomara que Deus o ilumine”, disse o pastor.
Procurado pela reportagem do Estadão, Toni Reis afirmou que não há como negociar ou dialogar com Feliciano: “Não somos ingênuos. Não tem como negociar com quem te chama de podre”, disse, ressaltando que mantém a postura de cobrar a renúncia do pastor.
Alheio à postura de Toni Reis, Feliciano foi questionado sobre uma eventual candidatura à presidência da República, e negou que vá concorrer em 2014: “Não tenho estrutura para isso. Deputado está bom para mim, agora. Quem sabe no futuro…”, despistou o pastor.
Porém, o PSC trabalha com a exposição do pastor e do próprio partido na mídia, para capitalizar votos, e lançar candidatura própria à presidência em 2014.
Os líderes do partido acreditam que Feliciano pode chegar a um milhão de votos nas próximas eleições, o que ajudaria o partido a eleger mais deputados e também a fortalecer a candidatura própria ao planalto.
De acordo com informações do site Último Segundo, do portal IG, o pastor Everaldo Pereira (SP) seria um dos nomes mais fortes dentro do partido para ser indicado ao cargo.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+