A discussão sobre a Reforma da Previdência e o pacote anticrime proposto pelo ministro Sérgio Moro no Congresso Nacional evoluiu para uma troca de farpas pública entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os integrantes do núcleo mais próximo ao presidente Jair Bolsonaro.
O pastor Marco Feliciano (PODE-SP) comentou a situação em seu Twitter, lamentando que uma certa disputa de vaidades esteja solapando a atuação do governo, que foi eleito pelos brasileiros como uma aposta de mudança, para melhor, da situação que o país vive atualmente.
“Os ânimos em Brasília estão acirrados demais. A pira da vaidade consome o bom senso. A arrogância pavimenta o caminho da queda. Os 15 minutos de fama encantam os incautos. Tudo de um amadorismo ‘jamais visto na história deste país’. Pela 1ª vez vejo a oposição sempre ruidosa, silenciar. Entendo, não precisam, neste momento, usar a sua narrativa costumeira, afinal, a situação está patetando, escorregando, duelando entre si. Executivo x Legislativo. Legislativo x legislativo. Uma torre de babel”, criticou Feliciano.
De acordo com o pastor, que cumpre seu terceiro mandato como deputado federal, “está faltando humildade e acima de tudo responsabilidade para com o Brasil, para com os brasileiros” da parte dos principais atores do processo.
“Está faltando domínio próprio. Está faltando o ‘conte até dez’. Está faltando inteligência emocional. Está faltando cordialidade. Está sobrando insensatez e parvoíce”, acrescentou o líder pentecostal, que é um dos principais interlocutores de Bolsonaro junto aos evangélicos.
A reflexão de Feliciano reservou, ainda, uma crítica ao presidente: “Para ajudar, articulação: diálogo sobre ideias antagônicas, tentativa de convencimento. Democracia: o regime das maiorias. Política: a arte de governar (em uma democracia significa resolver os conflitos de vontade da vida em sociedade). Logo, para governar na democracia é preciso mais do que articulação, é preciso articulação eficiente (com poder de convencimento para se formar maiorias). O Governo falha nisso! Precisamos ser humildes para reconhecer isso!”, enfatizou.
“Articulação passa pelo reconhecimento mútuo dos atores. Sem isso não há comunicação efetiva e não se produz consenso, essência da política. O governo deve escolher interlocutores reconhecidos pelo Parlamento. Com isso, metade do caminho estará trilhado. Profissionalismo já!”, concluiu o pastor.