As críticas à indicação do desembargador Kassio Nunes Marques ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda ecoam na sociedade, visto que a ala da sociedade que elegeu o presidente Jair Bolsonaro esperava um nome acima de qualquer contestação. Nesse cenário, o pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP) comentou toda a polêmica e deu seu parecer a respeito do caso.
Em um artigo recente, o deputado federal afirmou que a escolha deve ser feita seguindo alguns critérios, e estes foram observados pelo presidente Jair Bolsonaro: “Estudei todos os fatos relacionados à trajetória profissional do indicado e tirei uma conclusão. A escolha, por previsão constitucional, cabe ao chefe do Executivo. Na sequência, acontece uma sabatina do candidato no Senado da República”, introduziu o pastor.
“Condições prévias são reputação ilibada e notável saber jurídico. Elas são confirmadas pelo seu extenso trabalho frente ao judiciário Federal. Kassio é mestre e doutor em direito, isso confirma o notável saber jurídico, apesar dos inimigos procurarem picuinha em seus títulos curriculares”, escreveu, minimizando as polêmicas sobre títulos não-reconhecidos por universidades.
Feliciano comentou que “o fato de Kassio ter sido nomeado desembargador para o TRF-1 por outro presidente não o desabona, nem o desqualifica”, já que ao longo do tempo, em seu exercício da função, ele entende que não surgiu nada que comprometesse a conduta do indicado ao STF: “Era um outro momento e outra pessoa detinha a caneta. Sua postura profissional desde então tem nítidos traços conservadores. Salvo, claro, as mentiras assacadas contra ele no caso Cesare Battisti, onde atuou somente na parte jurídica, sendo a parte política responsabilidade do STF. Já a decisão final da permanência do terrorista foi do ex-presidente Lula”.
“Entre tantos nomes que estavam na mesa do presidente, eu confio que foi decidido o melhor para a administração do país. Se alguém discorda que me desculpe. Como evangélico atuante no Parlamento estou feliz com a promessa do presidente de que a próxima indicação para o STF, prevista para o ano que vem, recairá sobre um nome ‘tremendamente evangélico’”, acrescentou o deputado, no artigo publicado pelo portal Pleno News.
“A sabedoria de um governante se mede pelos seus conselheiros. A Bíblia Sagrada tem inúmeros exemplos de reis que deveram suas sábias decisões a ótimos conselheiros. Nabucodonosor ouvia a Daniel, judeu e cativo. Faraó recorria a José, também judeu e cativo. O presidente Jair Bolsonaro tem nesse momento a difícil missão de escolher alguém para um dos maiores postos da República e não pode errar. Confio no seu feeling de quem quer o melhor para o país. Ao pedir direção a Deus, essa não lhe será negada. As reuniões ocorridas no final de semana foram de aconselhamento, o que denota humildade de quem conduz uma grande nação”, encerrou o pastor Marco Feliciano.