O humorista Gregório Duvivier publicou um artigo em que se expressa como Jesus conversando com o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e critica suas posturas, inclusive na questão da redução da maioridade penal.
Duvivier, pretensamente falando como Jesus, sugere que o nazareno fosse “de esquerda” porque “andava descalço e não fazia a barba” e distribuiu pães e peixes.
O pastor Marco Feliciano respondeu a carta de Duvivier perguntando ao humorista porque ele não se calava: “Vossa senhoria deveria ter alguns cuidados com a higiene, não do corpo, mas do caráter […] não me travisto nem cometo heresias para me dirigir a alguém, a coragem de ser direto é qualidade que faltam a alguns, mas que infelizmente usam meios de comunicação dos mais respeitados, entendo e aceito, mas não deixo sem resposta. Falar sobre pastor e deputado é atirar pedra em árvore frutífera, pois hoje, essa qualidade chega a quase uma centena no Congresso Pátrio”, escreveu.
Feliciano observa que o humorista ateu tem por hábito ridicularizar a fé cristã em seus esquetes de humor no Porta dos Fundos: “Para alguém que se intitula ateu, pra que tanta preocupação com o que se passa num Reino que não lhe diz respeito, mas sim aos crentes? Já não basta os milhões que o Sr. e seus amigos arrecadam com chicanas e chocarrice com símbolos Sagrados para a maior parcela dos Brasileiros? E lhe asseguro que como cristãos, sempre protestaremos pacificamente, pois, a Justiça de Deus é aplicada de forma ininteligível no momento, mas depois se aclara como o Sol”, pontuou o pastor.
No texto, publicado por Duvivier no jornal Folha de S. Paulo, o humorista sugere que o pastor nunca leu a Bíblia Sagrada. Feliciano respondeu: “Conhecemos muito bem o verdadeiro Jesus, o Livro Sagrado, novo e velho Testamento, é nosso norte de conduta. Fique sabendo que Jesus escolheu para seus discípulos homens comuns com as qualidades e defeitos inerentes à nós seres humanos de qualquer época. Quero crer, senhor Duvivier, que talvez entre os apóstolos algum se aproxime de sua personalidade. Espero que Tomé, o incrédulo, não Judas, o traidor”.