O recrudescimento da oposição de movimentos sociais progressistas aos cristãos vem se intensificando na maioria dos países sociais, uma vez que os princípios bíblicos são justamente antagônicos à revolução proposta pelo marxismo cultural. Em manifestações feministas recentes, templos cristãos considerados históricos foram vandalizados com pichações.
Marchas feministas ocorridas em Santiago, capital chilena, foram marcadas por pichações em templos com frases de oposição ao cristianismo e de defesa do assassinato de bebês na forma de aborto.
O portal ACI Digital relatou que a manifestação, ocorrida no dia 08 de março, ocorreu à luz do dia, com as feministas vandalizando os templos que encontraram em seu trajeto, com aproximadamente três quilômetros entre a Praça Itália e a rua Echaurren.
As duas igrejas atacadas são descritas como parte do patrimônio cultural e religioso do Chile, e já haviam sido vandalizadas anteriormente nos últimos meses. Outros templos menores também foram atacados.
Policiais femininas que atuavam na segurança da manifestação também foram alvo de insultos das feministas, enquanto as mais radicais pichavam frases nas paredes dos templos das igrejas de São Francisco da Alameda e a da Gratidão Nacional: “Igreja cúmplice”, “fábrica de estupradores”, “aborto legal”, “os pró-vidas são pró-balas”, “Deus não existe”, entre outras frases com palavras de baixo calão.
A Igreja de São Francisco tem 400 anos de fundação e atualmente desenvolve um importante trabalho pastoral com a comunidade e social junto à população mais pobre da cidade. Já a Igreja da Gratidão Nacional ao Sagrado Coração de Jesus já recebeu importantes eventos históricos, e tem o nome como um gesto de gratidão do país a Deus pela paz obtida após a Guerra do Pacífico.
A Igreja da Gratidão Nacional, que já foi uma espécie de tumba que guardava os restos mortais de heróis nacionais em diferentes conflitos bélicos, sofreu vários danos devido a terremotos, como o de 2010; e ataques como a destruição do Cristo Crucificado durante um protesto estudantil em 2016.
Em outubro último, quando o atual momento de instabilidade social e política se iniciou, o padre Isauro Covilli, responsável pela Ordem Franciscana, declarou que “as demandas sociais são justas e históricas”, no entanto, “o patrimônio é de todos e, portanto, todos devemos cuidá-lo, não apenas aqueles que o protegem. Ninguém pode danificar o patrimônio que é comum”.
Já havia, na ocasião, temor de que alas mais radicais dos grupos de esquerda no país recorressem à violência nos protestos. “Lamentamos que o templo seja alvo de ataques, é como um quadro-negro onde todos escrevem e expressam sua raiva e descontentamento com mensagens para o governo, os políticos e a Igreja”, explicou.
“Rejeitamos todas as situações de violência, estamos cansados disso, dos pequenos grupos que são, na verdade, anarquistas que destroem e parece que as demandas servem como pretexto para seus fins que são destrutivos. A violência gera mais violência e não é possível conquistar uma maior justiça social assim”, finalizou o padre.