No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher, mas a data parece ter sido sequestrada por grupos feministas que utilizam o dia como justificativa para manifestar suas ideologias, à revelia da ampla maioria das mulheres que não concordam com o movimento.
Exemplo disso foi a manifestação ocorrida na última sexta-feira (8) em Montevidéu, capital do Uruguai, quando um grupo de feministas atacou a fachada de um templo católico, a Iglesia del Cordón, com jatos de tinta e gritos de insultos.
“Igreja, lixo, você é a ditadura”, gritavam as feministas durante o ataque, e também “eu sabia que os estupradores são atendidos pela polícia”.
A feminista e diretora da ONG El Paso, Andrea Tuana, informou ao portal Montevideo que a manifestação não representa o feminismo. Ela tentou justificar a agressão ao templo como uma ação isolada, e não de todo o grupo.
“Quem está por trás disso é a verdade que eu não sei, mas para mim parece ser uma expressão muito mínima em comparação com as milhares de pessoas que marcharam”, disse ela.
“Foi uma expressão absolutamente pacífica”, continuou ela, desprezando os insultos verbais e os ataques com tintas contra a fachada do templo. “Além disso, a Igreja esperava que eles acontecessem e é por isso que colocou a polícia”, alega.
O arcebispo de Montevidéu, cardeal Daniel Sturla, no entanto, destacou a maneira como a grande mídia trata o caso: com silêncio! Ignorando o vandalismo e, principalmente, o fato de ser algo repetido.
A repetição dos ataques mostra que não se trata de algo casual, mas que encontra, na verdade, respaldo direto nos discursos de ódio contra os valores judaico-cristãos, personificados nas construções e símbolos religiosos, como um templo.
“Eu acho que é algo muito difícil. Tem se repetido e é lamentável. Ao danificar-se a igreja, o templo, são feridos os corações de todos os fiéis católicos, é algo totalmente injusto. A Igreja Católica é uma instituição fundadora do Uruguai”, disse o cardeal.