Welington Wildy Muniz dos Santos, mais conhecido apenas pelo apelido “França”, jogou pelo clube de futebol do Palmeiras quando tinha apenas 23 anos. Atualmente com 27, ele experimentou altos e baixos e precisou superar a dependência química do álcool para conseguir dizer que é uma nova pessoa e está disposto a chegar ao topo do futebol novamente.
França começou no Noroeste e passou por Coritiba, Criciúma e Hannover, da Alemanha, até chegar ao Palmeiras, mas naquele ano, em 2014, o auge da fama lhe fez cair no mundo das baladas e más companhias. Foi assim que a bebida começou a prejudicar a sua vida.
“Eu estava emprestado ao Palmeiras até ao final de 2014, mas tiveram problemas extracampo, porque eu era teimoso e acabei brigando com a diretoria do Palmeiras e fui para o Figueirense. Mas hoje sou um homem transformado por Deus”, disse França, segundo o UOL.
“Não compareci a alguns treinos devido até a minha fase, que estava boa, e acabei me deixando levar por amizades que não eram boas. Não conseguia treinar, não acordava no outro dia”, disse ele, referindo-se as consequências pelo uso da bebida e da frequência nas baladas.
França disse que não tinha limites ao ingerir bebidas alcoólicas e fazia isso até o dia seguinte, adotando um comportamento típico de um dependente químico, que é a autodestruição e o abandono gradual das atividades profissionais e outras responsabilidades do cotidiano.
“É uma coisa que não combina com jogador de futebol. Jogador não, com atleta. Na verdade, jogador de futebol tem bastante, atletas são poucos, então isso não combinava e acabava que eu não treinava, me machucava, não acordava para ir aos treinos. Isso foi me prejudicando bastante”, conta.
Mas foi com a ajuda de um empresário, chamado Marcelo Lipatin, que não desistiu do jogador na época, que França conseguiu ter forças para continuar. Até hoje os dois mantém contato em uma relação que agora possui um significado muito mais profundo.
“A única pessoa com quem conversava e até hoje converso e tenho como um pai é o empresário Marcelo Lipatin, que em momento algum desistiu de mim. Ele me falava que ia ver a minha vida se transformar e só tenho a agradecer o amor que ele tem por mim e por não ter me abandonado”, reconhece França.
Por fim, a mudança real aconteceu na vida de França no final do ano passado, quando ele decidiu entregar sua vida para Jesus Cristo, se convertendo ao Evangelho. Livre da bebida e casado, hoje ele se considera uma pessoa transformada e está feliz por aguardar a chegada de mais um filho.
“Hoje sou um novo cara. Aquele velho França morreu, não existe mais. Hoje sou um cara mais sensato, um cara família, só tenho que agradecer à Inter de Limeira pela oportunidade de estar jogando, de o pessoal estar lembrando de mim, me procurando. Hoje estou longe de confusão, até mesmo dentro de campo. Aquele meu jeito… Não sou mais, isso ficou no passado”, conclui o jogador.