Flordelis não é mais deputada federal. Ela teve seu mandato cassado nesta quarta-feira, 11 de agosto, após o plenário da Câmara ter votado seu processo por quebra de decoro parlamentar.
A agora ex-deputada federal foi acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ter iniciado, ainda em 2018, o planejamento do assassinato do marido.
Na denúncia feita à Justiça, ela é acusada de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de tentativa de homicídio, por conta do envenenamento.
O pedido que terminou com o mandato cassado foi apresentado em setembro do ano passado por outro deputado evangélico. Léo Motta (PSL-MG) fez a primeira representação contra Flordelis na Mesa Diretora da Casa após o Ministério Público denuncia-la à Justiça.
A ex-deputada fez fama como cantora pentecostal e exerce função pastoral na Comunidade Evangélica Cidade do Fogo, nome adotado após a morte do pastor Anderson do Carmo. Até então, a instituição era chamada Ministério Flordelis.
A votação que terminou com o mandato cassado teve 437 votos a favor da perda do cargo, 7 votos contra e 12 abstenções. Dessa forma, Flordelis fica inelegível por oito anos, e se for condenada pela morte do marido, perde definitivamente o direito de se candidatar por conta da Lei da Ficha Limpa.
Ao usar a tribuna, Flordelis reiterou sua inocência na morte do marido: “Eu não posso e não devo pagar pelos erros de ninguém”, declarou.
“Quando o Tribunal do Júri me absolver, vocês vão se arrepender de ter cassado uma pessoa que não foi julgada. […] Caso eu saia daqui hoje, saio de cabeça erguida porque sei que sou inocente. Todos saberão que sou inocente, a minha inocência será provada e vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo injustiçada”, disse, conforme informações do Uol.