Acusada de ter sido a mentora do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, a ex-deputada e líder religiosa Flordelis viu o seu ministério definhar ao longo das investigações sobre o caso ocorrido em 2019, quando o seu esposo foi morto a tiros na casa do casal, no Rio de Janeiro.
O Ministério Cidade do Fogo, com seis igrejas, teve o último templo (a sede) fechado no Mutondo, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, segundo informações do portal Metrópoles.
Os demais templos do ministério Flordelis, que também foram fechados, estavam localizados no Jardim Catarina, em São Gonçalo; Pendotiba e Piratininga, em Niterói; em Itaboraí e Itaipuaçu, em Maricá.
Com as acusações de ter sido a mandante do crime contra o pastor Anderson, os fiéis que seguiam a liderança religiosa da ex-deputada começaram a deixar as igrejas, aos poucos, indo para outras denominações.
Além disso, os custos de manutenção dos templos também passaram a pesar sobre o orçamento de Flordelis, que chegou a arcar as despesas enquanto ainda era deputada federal. Como resultado, segundo informações do Metrópoles, ela mesma pediu para fechar as igrejas.
Julgamento
Em abril desse ano, durante um julgamento sobre o assassinato de Anderson do Carmo, o delegado Allan Duarte, da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), chegou a declarar que Flordelis realmente teria sido a mentora do crime.
“A iniciativa foi da Flordelis, ela foi a mentora. Os demais indiciados agiram de acordo com ela, mas ela foi a mentora”, afirmou o policial, ao ser questionado pela juíza que conduz o caso, na 3ª Vara Criminal de Niterói.
Um novo julgamento estava marcado para o dia 6 de junho passado, mas a defesa da ex-deputada pediu um adiamento, alegando que não teve tempo para analisar novos laudos anexados ao processo. A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce aceitou e remarcou a sessão para o dia 12 de dezembro.