O apresentador Danilo Gentili participou de um podcast e afirmou que sua conversão ao Evangelho na adolescência causou estranhamento em sua família, que vinha de uma longa tradição católica, mas que depois sua mudança de vida levou os pais à conversão.
Em conversa com Thiago Nigro, conhecido como Primo Rico, o apresentador do SBT revelou que sua conversão aconteceu em uma época em que se tornar evangélico era impopular e foi achincalhado pelas pessoas ao redor.
Neto de imigrantes italianos, católicos, ele precisou lidar com a contrariedade da família, mas o impacto que a leitura da Bíblia Sagrada causou nele foi maior que as adversidades.
“[Tenho] a certeza absoluta que isso mudou a minha vida para sempre. Com 14 anos li a Bíblia […] Eu fazia catecismo e eu fazia umas perguntas. A catequista me expulsou do catecismo. Ficava fazendo perguntas e ela não sabia responder. Veja bem, não estou falando mal do catolicismo, estou contando a minha experiência”, disse Gentili.
Com a leitura da Bíblia Sagrada, algumas constatações o impulsionaram a uma visão crítica em relação à tradição que era seguida por sua família: “Comecei a achar que não existe instituição sagrada. Não é porque uma instituição está falando que isso é o certo que [realmente] é o certo”.
“Então, pesquisei muito, fui em muito lugar. Amo falar de religião, tudo que você imaginar eu pesquisei. Umbanda, espiritismo, li o evangelho do Alan Kardec, li alguns livros das Testemunhas de Jeová, islamismo. Eu gosto muito de falar de religião. E parei numa Igreja Batista de bairro, em Santo André, onde eu me senti muito bem. No início, meu pai e minha mãe ficaram bem p… porque meu avô veio da Itália para cá e sustentou a família pintando igrejas [católicas]”, relembrou Gentili.
O atrito com a família não foi algo irrelevante, disse o apresentador: “Eles acharam que era uma afronta eu sair do catolicismo e procurar outro caminho, mas eu me senti bem lá. Achei que tinha coerência com algumas coisas que eu ouvia. Eu entendi que não existe perfeição em instituição nenhuma, mas entendi que existe coerência em alguns pontos que eu julgava importante naquela Igreja Batista, uma coisa pequenininha, de bairro, criei amizades, gostava de frequentar”.
“Eles ficaram muito p… comigo por causa disso, eles iam me espionar. Minha vó, mãe da minha mãe, era católica extrema. Aquelas beatas. Da família do meu pai tem esse lance que o pai dele pintava as igrejas. Quando eu me converti, ser crente não era tão fácil como agora, peguei o final [da fase em] que era um negócio estranho. Tiravam sarro”, relatou na entrevista, veiculada em novembro de 2022 no canal Primo Cast.
Entretanto, a curiosidade da família sobre os motivos que o levaram à conversão resultou em uma mudança completa: “Minha mãe foi lá ver que ‘lavagem cerebral’ estavam fazendo em mim. Ela ia na rua e ficava vendo. Aí ela se converteu. E aí meu pai também, minha irmã também. Eles foram ver a lavagem cerebral que estavam fazendo em mim, para me ‘salvar da seita’ e acabaram se convertendo”, testemunhou.
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