O grupo missionário Gideões Internacionais realiza um tradicional e abrangente trabalho de distribuição de exemplares da Bíblia Sagrada em diversos países, mas a perseguição religiosa promovida por ativistas ateus tem limitado a atuação da entidade em escolas dos Estados Unidos.
Em um caso recente, a distribuição de Bíblias em seis escolas do condado de Bledsoe, no estado do Tennessee, foi interrompida devido à uma postura oficial da superintendente de educação da região, Jennifer Terry.
“Escolas do Condado de Bledsoe não permitem a distribuição de materiais de quaisquer grupos religiosos. A distribuição de materiais religiosos em uma escola pública é uma violação das disposições constitucionais, leis bem estabelecidas e precedências federais e estaduais”, disse Jennifer, de acordo com informações do Christian Today.
Em contraponto, o representante dos Gideões, Charlie Queen, afirmou que a disponibilização dos exemplares da Bíblia Sagrada é feita de maneira silenciosa e respeitosa às outras crenças: “Nós simplesmente entramos e colocamos o material sobre a mesa. Nós dizemos-lhes o que e quem nós somos. Se eles quiserem um [exemplar], podem livremente pegar. Nós não entregamos a eles, mas eles pegam o material voluntariamente”, comentou.
A decisão foi classificada como uma “perda de liberdade” e lamentada por toda a comunidade dos Gideões Internacionais.
O pastor Bill Wolfe, da “Lee Station” Baptist Church, concordou com Queen e afirmou que “toda sua congregação está muito decepcionada” com o cerceamento da liberdade religiosa na região: “Nós estamos deslizando para cada vez mais longe dos princípios sob os quais nossa nação foi fundada e é muito triste porque esta costumava ser ‘uma nação sob a mão Deus’ […] Agora, eu realmente acredito que estamos escorregando para mais longe e nós não vamos mais ser capazes de dizer isto por muito tempo”, lamentou.
Inconformados, os moradores do condado pretendem realizar um protesto em frente ao Conselho Escolar, quando os membros se reunirem.
A interpretação distorcida do princípio do Estado laico vem se tornando uma espécie de extremismo ateu contra as religiões. As leis sobre o tema nos Estados Unidos, assim como no Brasil, são pensadas para proteger o direito à fé e à crença, e não para impor restrições a esses direitos, que é, na prática, o que vem acontecendo em ambos os países.