A tradição muçulmana reza que, se alguém criado no islamismo se converter a outra religião, essa pessoa deve ser morta. E isso quase aconteceu com Namusisi Birye, uma jovem ugandense que decidiu entregar sua vida a Cristo.
Ela havia acabado de se converter ao Evangelho quando seu pai soube da notícia. Inconformado, ele a esperava para colocar em prática o ensinamento a que foi doutrinado ao longo de toda a vida.
Quando Namusisi chegou em casa, seu pai iniciou o espancamento, de acordo com informações do site Journal Chretien. Os vizinhos interviram na situação quando ouviram os gritos da jovem, mas seu pai insistia que ela deveria ser morta.
“Meu pai tinha uma vara de madeira, e começou a me bater quando entrei em casa. Como minha mãe estava prestes a me bater também, o presidente do Conselho Local, que estava a caminho de sua casa, em Buluba, interveio para me salvar. Em seguida, alguns vizinhos que são cristãos também vieram”, contou Namusisi.
“Nossa filha deve ser morta de acordo com o Islã, porque ela se tornou apóstata. Ela nunca mais poderá ser a nossa filha”, repetia o pai de Namusisi. Durante a longa negociação para que a vida da jovem fosse poupada, os membros da igreja precisaram demover os pais a desistirem da execução.
A alternativa, então, foi sugerir ao casal que eles deserdassem a jovem. O presidente do Conselho Local, Mutaana Paul, ofereceu abrigo à jovem, temporariamente, até que ela pudesse retomar sua rotina: “Agora ela está se recuperando, após ter sido rejeitada por seus pais. Contanto que seus pais não levantem quaisquer outras queixas, vou continuar a ajudar a menina com a esperança de que alguns bons samaritanos serão tocados para ajudá-la”, afirmou Paul.
A decisão de Namusisi por Jesus aconteceu em um evento evangelístico que também enfrentou tumulto. Radicais interromperam a celebração ao verem que um de seus líderes havia sido tocado pela mensagem e decidido aceitar a Jesus Cristo como Salvador. O novo-convertido tem paradeiro incerto, e o grupo de evangelismo teme que ele tenha sido executado pelos muçulmanos.