Nessa sexta feira, Glória Perez escreveu em sua página do Facebook uma nota como forma de desabafo pela data que marcou 20 anos do assassinato de sua filha a atriz Daniella Perez. No texto, a autora de Salve Jorge lembrou várias pessoas que estiveram em sua busca por justiça.
Glória Perez agradeceu o frentista evangélico Antonio Clarete por seu testemunho e também ao pastor Manuel Ferreira, atual presidente da Assembleia de Deus Madureira, e a então senadora Benedita da Silva, por sua ajuda no caso.
Clarete havia lavado o carro sujo de sangue para Guilherme de Padua (assassino confesso de Daniella), sem saber o que havia acontecido e a princípio não se manifestou por se recusar a entrar em uma delegacia. Porém, através da intervenção do pastor Manuel e de Benedita, ele compreendeu a importância de seu testemunho e seu depoimento se tornou mais uma prova no caso.
– (…) Quero agradecer aos frentistas do posto Alvorada, que suportaram todo o tipo de pressão e tentativas de humilhações, mas mantiveram a firmeza no Tribunal do Júri e testemunharam a emboscada e o soco sofrido por Daniella; ao evangélico Antonio Clarete, que lavou o sangue do carro do assassino; ao pastor Manoel Ferreira, à então senadora Benedita da Silva (…) – escreveu Glória Perez.
Segundo o The Chiristian Post, Glória publicou ainda alguns vídeos em homenagem à filha. Católica, ela promoverá também, nesta sexta-feira, uma missa na paróquia da Ressurreição, em Ipanema, Zona Sul do Rio, para lembrar os 20 anos da morte de Daniella Perez.
Leia o texto na íntegra:
Hoje é um dia muito triste pra mim: 20 anos sem minha filha. Quero agradecer a todos que estiveram perto de mim durante esses anos todos, trazendo solidariedade e conforto. Aos brasileiros que fizeram comigo aquele abaixo-assinado que se tornou a primeira emenda popular da história do Brasil, transformando homicídio qualificado em crime hediondo; in memorian, ao advogado Hugo da Silveira, a quem devo a prisão dos assassinos! Num país onde a maioria foge de ser testemunha, ele nunca se esquivou de comparecer à Justiça e dizer o que viu: anotou a placa adulterada do carro do assassino e identificou Paula T; também quero agradecer aos frentistas do posto Alvorada, que suportaram todo o tipo de pressão e tentativas de humilhações, mas mantiveram a firmeza no Tribunal do Júri e testemunharam a emboscada e o soco sofrido por Daniella; ao evangélico Antonio Clarete, que lavou o sangue do carro do assassino; ao pastor Manoel Ferreira, à então senadora Benedita da Silva; às vítimas da Chacina de Acari, Vigário Geral e às mães do Rio, que foram irmãs e companheiras na longa luta para conseguir alguma justiça; a Marcela, que me mandou a última foto, de grande importância para o processo. Pra sempre é muito tempo. Guilherme de Pádua é um psicopata.
Por Dan Martins para o Gospel+