O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte de Eliza Samúdio e ocultação de seu cadáver, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho.
A soma total da pena é o resultado da condenação a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (quando o crime é cometido por motivo torpe, além de asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), e a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado. A ocultação do cadáver rendeu mais 1 ano e 6 meses de pena, que foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e depois reduzida devido a confissão do jogador.
A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues considerou que Bruno não tem noção da realidade e dos valores da sociedade, e classificou o planejamento dos crimes como maligno: “A culpabilidade dos crimes é intensa e altamente reprovável. Hoje a sociedade de Contagem reconheceu o envolvimento do réu nesta trama diabólica. Agiu (o réu) de forma dissimulada da sua real intenção. Bruno acreditou, ao sumir com o corpo, que a impunidade seria certa. O réu é uma pessoa fria e violenta. O réu tem incutido na sua personalidade uma total incompreensão dos valores. A execução do homicídio foi meticulosamente calculada – disse a juíza, enquanto lia a sentença, segundo informações do Lancenet.
O advogado do jogador, Lúcio Adolfo, afirmou que recorrerá da condenação por considerá-la injusta. Já o promotor do caso, Henry Wagner Vasconcelos de Castro, disse que recorrerá pedindo aumento da pena, pois no seu modo de ver, o goleiro deveria ter sido condenado ao menos a 28 anos de prisão, segundo o G1.
A ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues, foi absolvida da acusação de sequestro e cárcere privado do filho de Bruno e Eliza.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+