O governo do Distrito Federal, chefiado pelo socialista Rodrigo Rollemberg (PSB), derrubou nas últimas semanas mais de 30 templos de igrejas evangélicas, sob a alegação de que as construções estariam com documentação irregular ou ocupando propriedade do poder público.
O caso mais famoso foi um templo da Assembleia de Deus do Ministério Madureira. No dia da demolição, o bispo primaz da denominação, Manoel Ferreira, ex-deputado federal, compareceu ao local e tentou argumentar, mas a ordem do governador foi levada adiante.
Uma reportagem da RedeTV! mostrou que os membros das dezenas de congregações agiram da mesma forma, tentando impedir, mas em muitos casos, foram repelidos pela Polícia Militar com violência, usando gás de pimenta e cassetetes.
O advogado André Alves, representante da AD Madureira, afirmou que o governo do DF não concedeu nenhum aviso prévio ou explicações convincentes sobre as ordens de demolição: “Não deram tempo… deram alguns telefonemas, mas já passaram os tratores por cima e derrubaram a nossa igreja”, disse.
Alves também pontuou que a Justiça se mostrou parcial no caso: “A partir do momento que ela pega as igrejas e começa a patrocinar a derrubada, deixa de fazer justiça e passa a ser ‘justiceira’… Sendo justiceira, ela está sendo seletiva e ao ser seletiva, marcando igrejas, aí há perseguição religiosa”, contextualizou. “O Congresso Nacional precisa abrir o olho para isso, porque tem uma turma aí que não gosta de igreja mesmo não”, destacou o advogado.
O senador Magno Malta (PR-ES) afirmou que essa é uma ofensiva direta contra a última barreira de preservação dos valores morais e bíblicos e da família tradicional: “É a perseguição a quem prega valores. Eles odeiam as coisas de Deus. O governador foi senador comigo. Ele é lutador ferrenho, um dos maiores defensores da ideologia de gênero”, alertou.
Ao todo, 32 templos foram demolidos, e de acordo com advogados das igrejas, o governador Rodrigo Rollemberg não respeita nem mesmo decisões liminares emitidas pela Justiça contra as demolições.
Rollemberg recebeu uma comissão de 35 pastores e se comprometeu a não derrubar mais nenhum templo, porém, evangélicos o acusam de não ter honrado o compromisso e ordenado a derrubada de mais um templo após o encontro.
“Quem nunca teve palavra não vai ter palavra em meia hora. Quando esses representantes [pastores] saíram [da reunião], ele deve ter ficado rindo, depois que fecharam a porta, porque no outro dia já mandou derrubar [outra igreja]”, concluiu Magno Malta.