No ano passado o grupo militante LGBT britânico Stonewall utilizou os ônibus de Londres para veicular uma campanha de defesa aos direitos LGBT, colocando ao lado dos tradicionais veículos de transporte público de Londres a frase: “Algumas pessoas são gays. Aprenda a viver com isso!”. Agora, uma campanha sobre ex-gays foi proibida.
O grupo cristão Core Issues Trust (CIT) tentou levar às ruas uma campanha defendendo seus conceitos e ideias sobre a existência de ex-gays, e de que a homossexualidade pode ser reorientada.
Porém, a campanha criada pelos cristãos, que leva a frase “Não sou gay! Ex-gay, pós-gay e com orgulho. Aprenda a viver com isso!”, teve sua veiculação proibida pelo prefeito da cidade.
Para justificar a proibição, o prefeito Boris Johnson argumenta que o anúncio não é ofensivo apenas a gays, mas viola as diretrizes de publicidade da Transport for London (TfL).
Lutando contra a proibição, o grupo cristão trava desde o ano passado uma batalha judicial na Alta Corte contra a proibição de seus anúncios. Como parte dessa batalha, o Dr. Mike Davidson, líder do CIT, entrou essa semana com um novo processo, pedindo que a justiça inglesa reconheça que está privando os cristãos do seu direito à liberdade de expressão.
– Existe um grupo de ex-gays, pessoas que se afastaram da homossexualidade, que precisam ser respeitados… Queremos apenas salientar que esta comunidade ex-gay precisa de reconhecimento – afirmou Davidson durante uma entrevista à rádio 4.
De acordo com o Breaking News, o Dr. Davidson argumentou também que os critérios usados para a proibição não foi adotados quando em 2009 a Associação Humanista Britânica e o escritor Richard Dawkins conseguiram colocar nos ônibus a polêmica mensagem: “Deus Provavelmente não existe. Pare de se preocupar e aproveite a vida”.
O direito dos cristãos em manifestarem suas ideias e valores através da campanha publicitária proposta foi defendido também pelo diretor do Centro de Direito Cristão, Andrea Williams.
– A proibição destas propagandas demonstra uma espécie de discriminação reversa, que ameaça destruir o debate na esfera pública. Boris Johnson precisa perceber seu erro e garantir que haja a mesma liberdade para todos – declarou Williams.
Por Dan Martins, para o Gospel+