Será realizada em abril desse ano a primeira convenção anual de bruxos que se dizem “cristãos”, em Salem, Massachusetts, Estados Unidos. Um dos objetivos do grupo é promover a ideia de que Jesus Cristo teria sido, na verdade, um bruxo, e que a Bíblia é um livro de feitiçaria.
“A Bíblia é um enorme livro de feitiçaria. Você literalmente não pode contornar isso. Você não pode negar que Jesus foi um mago. Não tem jeito”, declarou Calvin Witcher, um místico conhecido internacionalmente.
Witcher será um dos participantes da convenção, junto com Valerie Love, outra espiritualista ligada à bruxaria.
Ambos confundem os milagres, frutos do agir sobrenatural e soberano de Deus, com supostos atos de feitiçaria praticados por Jesus Cristo. Para eles, a mera alteração dos elementos naturais caracterizam o “feitiço”.
“Você está falando sobre feitiçaria em seu entendimento básico, que é realmente ser capaz de mudar o natural por meios sobrenaturais. É realmente isso. É um processo alquímico”, continua Witcher em uma conversa com Love na internet.
“Andar sobre a água definiu o reino natural e as leis que governam esse plano físico. Isso é tudo são reinos de feitiçaria. Magia é simplesmente usar apenas os acessórios para fazê-la”, acrescenta.
O místico cita a passagem de João 14:12 para tentar justificar seu pensamento. “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”, diz o versículo.
Diferente dos feiticeiros, que acreditam poder manipular os “poderes da natureza” com suas próprias forças e entendimento, Cristo disse que sem Ele nada podemos fazer (João 15:5), deixando claro que toda ação espiritual é fruto do Espírito Santo, mediante a vontade do Senhor e não do querer humano, motivo pelo qual a Bíblia condena a feitiçaria.
Por fim, Witcher, que já foi um cristão pentecostal, conclui insistindo que a Bíblia é “um livro mágico” e que não há conflito entre o cristianismo e a bruxaria. Ele também diz que não há diferença entre ele e o próprio Cristo, usando de forma distorcida o ensino bíblico de que o cristão é templo do Espírito Santo.
“Somos um com o Espírito. Nós somos os filhos de Deus. Nós somos os filhos do Todo-Poderoso. Não há diferença entre mim e o pai. Não há diferença entre eu e Jesus”, disse ele.