O pastor Gustavo Bessa, marido de Ana Paula Valadão, contou seu testemunho de libertação das drogas durante a Conferência Radicais Livres 2017. Nascido em lar cristão, ele conheceu e se viciou nas drogas através de amigos que frequentavam a mesma denominação.
Segundo Bessa, o contato com as drogas o afastou da Igreja aos 17 anos de idade, e por cinco anos, ele foi dependente químico.
“Eu nasci em um lar cristão. Sou a quinta geração de evangélicos na minha família. Meu tataravô se converteu no Triângulo Mineiro quando um caixeiro viajante foi até a fazenda dele e vendeu uma Bíblia. Ele se converteu. Eu nasci e cresci nesse contexto de igreja. Mas, quando eu fiz 17 anos eu me afastei. Eu não tinha problemas com os meus pais, eles sempre foram muito amorosos, muito carinhosos. Um homem de Deus o papai, uma mulher de Deus a mamãe, mas eu me perdi dentro da igreja”, contextualizou.
As influências que o levaram a esse caminho conseguiram, facilmente, fazê-lo esquecer de tudo que havia aprendido na igreja e com sua família a respeito do modo de vida que um seguidor de Jesus precisa adotar e viver.
“Eram amigos meus da adolescência que pouco a pouco, sem que eu me desse conta… De repente eu estava afundado nas drogas. Comecei na igreja. Já sabia teologia, participava dos concursos bíblicos. Respondia as perguntas da Bíblia doidão. E isso me fez perceber depois que eu voltei para Jesus, que o simples conhecimento de textos bíblicos não é o suficiente para que a pessoa tenha paz no coração”, relembrou.
No testemunho, Gustavo Bessa conta que o vício e a distância da fé o levaram a fazer coisas inacreditáveis: “Durante cinco anos eu fiquei longe dos caminhos do Senhor. Muito doido. Vivia uma vida de sexo, drogas e rock’n roll. Durante um período da minha vida eu estava fazendo física na universidade e eu me lembro que saía das aulas e ia atá a escola de veterinária em cima do esterco de vaca para catar cogumelo e comer porque eu estava em busca de uma resposta”, exemplificou.
“Eu não havia encontrado essa resposta na teologia, não havia encontrado essa resposta nos comentários bíblicos. Eu não havia encontrado essa resposta nas reuniões da igreja. Eu estava em busca, meu coração tinha um vazio infinito. E durante cinco anos eu vivi assim”, lamentou. “Eu frequentava os cultos da igreja, mas havia um vazio no meu coração e quando eu saía dos cultos eu ia para festas, para a doideira, para as drogas, para viagens”.
Pouco mais de 21 anos atrás Gustavo Bessa teve uma experiência que o permitiu enxergar com clareza a situação em que havia se metido: “Em uma noite, no dia 15 de agosto de 1996, eu estava em um quarto de hotel, no Chile, participando de um encontro de estudantes de Direito do Mercosul. Era o primeiro encontro de estudantes de Direito que englobava pessoas de todo o Mercosul”, colocou.
“Mas, eu não estava nem aí para a conferência, eu estava muito doido no meu quatro. Estava cheirando cocaína e tomando whisky quando de repente esse amor me alcançou. Era três horas da manhã. Alguém disse, muito acertadamente, que não existe nenhum caminho do homem para Deus. Nenhum caminho que possa levar o homem até Deus. Só existe um caminho de Deus até o homem e esse caminho se chama Jesus. E eu estava naquele quarto de hotel quando a luz do Senhor brilhou no meu coração e o meu grito naquela madrugada, às três horas da manhã, era ‘ele me ama, ele me ama, ele me ama’”, relembrou.
“Outro sujeito que estava no quarto comigo não entendeu nada. Ele disse: ‘Cara, você está doido?’. Eu disse: ‘Não, eu descobri que Deus me ama. Ele me ama. Você não sabe de onde eu vim, eu conheço a Deus e Ele veio me encontrar aqui nesse quarto de hotel. Ele não esqueceu de mim, Ele não me abandonou, Ele não virou as costas para mim, ainda que eu tenha virado as coisas para ele em busca de outras respostas. Ele permaneceu me buscando até me encontrar aqui nesse quarto de hotel”, exclamou Bessa em seu testemunho.
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