O cantor Maikon Balbino, homossexual, toca sua carreira artística desde 2007 e assim como a chamada “teologia inclusiva”, tenta transmitir a ideia de que sua escolha de vida não configura um pecado.
Quando começou sua jornada como cantor, Balbino era membro de uma igreja evangélica tradicional. Agora, integra a Comunidade Cidade de Refúgio, que tem entre seus líderes a pastora Lana Holder.
Aos 29 anos de idade e ciente de que não conta com a aceitação do público evangélico, se queixa de momentos que viveu em decorrência de sua escolha, classificando essa reprovação como um impedimento para exercer seu “chamado”.
“É muito triste, uma vez cheguei a ser convidado a participar de um encontro de jovens em uma igreja. Quando disse que era homossexual fui automaticamente desconvidado do evento. Não posso esconder minha identidade e o Deus que eu conheço é aquele que aceita seus filhos como são e ele tem um propósito para a vida de cada um. Hoje as pessoas frequentam a igreja defendendo interesses e teorias, às vezes infundadas, e somos surpreendidos com frequência com notícias e escândalos envolvendo os responsáveis pelas igrejas”, declarou o cantor à agência Dino, em conteúdo publicado no portal Terra.
A Comunidade Cidade de Refúgio adota uma pregação “inclusiva”, que rejeita a compreensão de que a homossexualidade seja um pecado (conceito unânime nas tradições católica e protestante). O artista, em busca de espaço no meio gospel, lançou a música Estou Aqui, gravada com participação da cantor transexual Leonora Aquilla.
A canção, que está nas plataformas digitais de música, já tem mais de 30 mil execuções no Deezer e Spotify. O próximo passo de Maikon Balbino na tentativa de ser reconhecido como cantor gospel é o lançamento de um CD, intitulado “Resplandecer” e com mensagens que ele define como louvor e adoração.