As mudanças culturais e sociais que vêm ocorrendo no Brasil incluem um aumento significativo de divórcios, de acordo com relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente entre 2004 e 2014 o número de ações judiciais cresceu 160%.
Em 2014, foram registrados 341,1 mil divórcios, contra 130,5 mil em 2004, dez anos antes. Os dados foram revelados na última segunda-feira, 30 de novembro, segundo informações do portal iG.
A pesquisa do IBGE mostra que 30 anos antes, o número de divórcios era muito menor, somando menos de 10% do número de 2014. Em 1984, o número de divórcios era de 30,8 mil. Dez anos depois, em 1994, o crescimento superou a barreira dos 200%, com 94,1 mil separações. Já em 2004, o aumento foi menor do ponto de vista percentual, com 38,7%.
Para o IBGE, o contínuo crescimento do número de divórcios no país revela “uma gradual mudança de comportamento da sociedade brasileira, que passou a aceitá-lo com maior naturalidade e a acessar os serviços de Justiça de modo a formalizar as dissoluções dos casamentos”.
Quando os mesmos números são colocados sob análise por outra perspectiva, é possível ter uma noção ainda mais precisa: em 1984, o número de divórcios a cada mil habitantes era de 0,44 entre a população com 20 ou mais anos de idade, e após 30 anos, passou para 2,41.
Entre os estados, o Amapá é o que registra a menor incidência de divórcios, com 1,02 a cada mil habitantes. Já o Distrito Federal possui a maior, com 3,74 casamentos desfeitos.
O IBGE também revelou que a idade média das mulheres divorciadas em 2014 era de 40 anos, enquanto a dos homens era 44.