Um estudo sobre o impacto que o consumo de pornografia de forma rotineira constatou que os jovens que assistem filmes adultos com frequência sofrem com depressão e se sentem mais solitários do que os jovens que não foram fisgados pelo vício nesse tipo de material.
As preocupações sobre a exposição de jovens à pornografia motivou o estudo, realizado pelo Institute for Family Studies em parceria com o YouGov, nos EUA Foram entrevistados 2 mil adultos com menos de 40 anos sobre seu uso de pornografia.
Os resultados desta pesquisa, conduzida em maio e junho, foram divulgados em 12 de setembro. No geral, 11% dos entrevistados que participaram da pesquisa relataram que assistem a conteúdo pornográfico e sexualmente explícito pelo menos uma vez por dia.
Impacto na saúde mental
A pesquisa examinou o impacto do uso regular de pornografia na saúde mental dos entrevistados: 32% dos jovens adultos que assistem pornografia pelo menos uma vez por dia relataram sentir-se “para baixo e deprimidos”, enquanto 36% se descreveram como “solitários”.
O cenário começa a mudar quando o consumo de pornografia diminui: apenas 20% dos jovens adultos que consomem pornografia entre uma ou duas vezes por mês ou no máximo uma ou duas vezes por semana, disseram aos pesquisadores que frequentemente se encontram “deprimidos”. Nessa faixa de consumo, 26% dos entrevistados admitiram que frequentemente se sentem “solitários”.
Uma terceira categoria de entrevistados, aqueles que nunca veem pornografia ou a consomem apenas algumas vezes por ano, têm resultados de saúde mental muito melhores do que seus colegas: apenas 19% dos jovens adultos que raramente ou nunca assistem pornografia se sentiram “deprimidos”, enquanto 20% se sentiram “solitários” às vezes.
“Considerando essas descobertas, abordar os riscos à saúde mental associados ao uso frequente de pornografia, particularmente sua ligação com depressão e solidão, deve ser uma prioridade para profissionais de saúde e formuladores de políticas americanos”, declarou o Institute for Family Studies.
“Em meio à crise de saúde mental em andamento nos Estados Unidos, especialmente entre jovens adultos, é crucial entender e mitigar a natureza viciante da pornografia online”, acrescentou a nota da entidade sobre o estudo.
Outra entidade, chamada National Decency Coalition, trabalha para “apoiar os esforços estaduais para combater a difusão da pornografia online por meio de legislação estadual que exige verificação de idade para impedir que crianças tenham acesso”, e apontou quais estados do país já adotaram as medidas recomendadas: Alabama, Arkansas, Flórida, Geórgia, Idaho, Indiana, Kansas, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Montana, Nebraska, Carolina do Norte, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee, Texas, Utah e Virgínia, de acordo com informações do portal The Christian Post.