Os casos de pedofilia na Igreja Católica dos Estados Unidos renderam à denominação uma despesa de US$ 150 milhões em indenizações e outras medidas, além da imagem arranhada perante a opinião pública.
Os valores foram gastos entre junho de 2013 e o mesmo mês de 2014, divididos em programas de apoio às vítimas de abusos sexuais por clérigos (US$ 120 milhões) e programas de prevenção à pedofilia (US$ 30 milhões).
As informações constam do relatório anual publicado na última sexta-feira, 17 de abril, pela Conferência dos Bispos dos Estados Unidos. De acordo com o site Religión Digital, os US$ 120 milhões de apoio às vítimas custearam indenizações, terapias e despesas legais com advogados e processos.
O escândalo de abusos sexuais cometidos por padres e bispos na Igreja Católica norte-americana estourou há 13 anos, e desde então a Conferência dos Bispos realiza um estudo anual sobre as denúncias de pedofilia.
Nesse meio tempo, descobriu-se que muitos altos funcionários da Igreja Católica tiveram conhecimento dos abusos, mas se omitiram ou encobriram os responsáveis pela pedofilia.
De 2002 para cá houve 657 denúncias de abusos sexuais contra menores por parte de padres, sendo que 130 foram comprovadas e reconhecidas pela Igreja; Outras 243 ainda estão sendo investigadas e as demais denúncias não foram comprovadas.
A maioria das denúncias é referente a abusos cometidos há anos: “Não devemos ser complacentes com os passos que foram dados. Devemos continuar cumprindo a nossa promessa”, disse o presidente da Conferência Episcopal, o arcebispo Joseph Kurtz, referindo-se ao compromisso assumido de sanar o problema. “A Igreja ajudará a […] jogar luz sobre a escuridão e a combater o mal e os abusos onde quer que sejam cometidos”, acrescentou.
Desde que assumiu o pontificado, Francisco tem adotado uma postura rígida contra os casos de pedofilia, e uma prova de sua tolerância zero aos abusos foi a ordem de prisão de um ex-arcebispo envolvido em escândalos no Paraguai.