Uma igreja evangélica optou por expulsar uma mãe e toda a sua família por ela ter decidido apoiar sua filha lésbica num processo por direitos civis contra a prefeitura de sua cidade.
Linda Cooper e família frequentavam a Ridgedale Church of Christ há mais de 60 anos, mas foram expulsos da denominação pela direção da igreja, após se recusar a pedir desculpas por sua postura de apoio à filha homossexual.
A filha de Linda, Kat Cooper, é detetive da Polícia de Collegedale, no estado norte-americano do Tennessee, e vinha travando uma batalha judicial para que a prefeitura da cidade estendesse seus benefícios de saúde à sua companheira, Krista Cooper.
Como Linda acompanhou sua filha nas audiências, de mãos dadas enquanto o processo era discutido na Justiça local, a direção da igreja entendeu que a postura da fiel era contrária aos princípios da denominação pois seria um endosso à homossexualidade, e sugeriu que ela fizesse uma retratação pública perante a comunidade.
“Eles receberam um ultimato. Eles podem se arrepender de seus pecados e pedir perdão na frente da congregação. Ou deixar a igreja”, disse Ken Willis, um dos líderes da denominação.
Com a expulsão de Linda, vieram diversas críticas à igreja através das redes sociais. A companheira de Kat, Krista, afirmou que a igreja estava agindo igualmente à sua família, que decidiu bani-la de seu convívio ao descobrir que era lésbica.
O pai de Kat, Hunt Cooper, disse que a resposta de sua esposa aos líderes da igreja foi firme: “Sua resposta para eles foi que ela não havia cometido nenhum pecado em sua mente. Amar sua filha e apoiar sua família não é um pecado”, afirmou.
Kat Cooper lamentou que a igreja tenha optado por expulsar sua mãe: “Literalmente, eles estão exilando seus membros por amar incondicionalmente os seus filhos”, criticou, de acordo com informações do The Blaze.
Manifestações de apoio à decisão da direção da Ridgedale Church também foram registradas: “Por favor, orem pela Ridgedale […] Os detratores são populares e validados por um mundo separado de Deus. Vamos ter a coragem de defender o povo de Deus, que está disposto a levantar-se para a Sua vontade”, afirmou Neal Pollard, pastor de uma igreja em Denver, no Colorado, em entrevista ao Christian Post.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+