O surgimento da pandemia do novo coronavírus pegou muitos de surpresa. Em poucos dias, o mundo se viu abalado por uma onda de infectados pela Covid-19 que fez os países fecharem as suas fronteiras, assim como os comércios, escolas e também igrejas.
Apesar dos abalos decorrentes da pandemia, igrejas cristãs no mundo inteiro não pararam por completo suas atividades. Elas se mantiveram firmes na adoração a Deus, como a Igreja Batista Alfred Street, nos Estados Unidos, que possui cerca de 10 mil membros.
Mesmo sem a realização dos cultos presenciais, a denominação viu a contribuição com dízimos e ofertas ultrapassar a média mensal desde então. “Nas primeiras duas semanas de adoração online, nossas doações aumentaram quase 25-30%. Eu realmente senti o Senhor dizendo: ‘Agora, o que você vai fazer com esse excedente?’”, disse o pastor Howard-John Wesley.
Diante da surpresa, a denominação entendeu que havia um propósito específico com o excedente de verba: doar aos afetados pela pandemia! Em vez de usar os recursos para engordar a própria poupança em um momento de instabilidade econômica, a igreja pensou nos mais necessitados.
“O excedente que Deus deu foi uma oportunidade de não fazer reservas bancárias, de não acumular em nossas próprias contas, mas somos obrigados a doar. E foi então que o Dízimo do Dízimo veio ao meu espírito”, afirmou o pastor.
Ciente de que não apenas pessoas, mas também instituições foram afetadas pela pandemia, a igreja resolveu doar parte dos recursos, totalizados em 1 milhão de dólares (mais de R$ 5 milhões de reais na cotação atual) para igrejas menores, onde os membros não conseguiram suportar o período de crise.
“Existem igrejas menores que ministram às pessoas de maneiras reais e relevantes que não têm os recursos [que nós temos]”, disse Wesley, lembrando a diferença entre a sua denominação, com milhares de membros, comparada a outras com apenas algumas dezenas, segundo o Christian Post.
“Então, uma das coisas que vamos fazer é pegar alguns desses 10% e identificar uma igreja e/ou organização toda semana e fazer uma doação para eles”, afirmou o pastor. “E isso porque não somos concorrentes, somos irmãos e irmãs no mesmo trabalho e queremos apoiar a todos sem amarras”.