Um livreto de 30 páginas produzido e distribuído pela Igreja da Escócia sob a alegação de pedir maior sensibilidade em relação aos transgêneros afirma que “alguns homens têm vaginas e algumas mulheres têm pênis”.
A posição da denominação é radical a favor da ideologia de gênero, incluindo um pedido aos sacerdotes para que usem uma linguagem neutra em termos de gênero ao se referirem a Deus. A iniciativa é parte de uma série de medidas para atender a agenda progressista e se tornar “inclusiva”.
Segundo informações do Breitbart, uma pastoral da denominação abordou a proposta de “atualizar as Escrituras ao século XXI” e trocar a inspiração “patriarcal” que rege a “cultura cristã” e, assim, não ser antipática à militância LGBT.
“Eu lutei contra o texto da Oração do Senhor porque vejo Deus como [alguém] paternal, não meu Pai. Deus não é gênero para mim: não é Deus Pai,é Deus paternal”, afirmou um entusiasta da teologia inclusiva. “As Escrituras são muito patriarcais; precisamos atualizá-los para o século XXI “, acrescentou.
Jo Clifford, escritor transexual e autor da peça Jesus, Rainha do Céu, aproveitou a mudança da Igreja da Escócia para protestar contra os “cristãos conservadores tradicionais”. Uma frase sua, inclusive, foi usada no livreto da denominação: “Alguns homens têm vaginas e algumas mulheres têm pênis”.
O Rev Norman Smith, Coordenador da Missão e Conselho de Discipulado da Igreja da Escócia, disse que o livreto “visa facilitar a pastoral a nível local, dando às pessoas o espaço para falar sobre sua fé e compartilhar o impacto da Igreja comunidade em suas vidas”.
“Não se destina a fazer qualquer tipo de declaração sobre o relacionamento mais amplo da Igreja com a comunidade transgênero, nem fornece uma explicação teológica ou compreensão de problemas transgêneros”, relativizou.
A estudante de teologia Iona, que se identifica como “um andrógino […] em algum lugar do espectro entre homens e mulheres”, se queixou que “a cultura cristã ao nosso redor nos diz que ser trans é errado” e apoiou a decisão da igreja.
Uma declaração de Iona evidencia que a doutrinação no pensamento progressista se vale da mesma estratégia em todos os lugares do mundo: “Até eu sair de casa eu identifiquei com o gênero feminino atribuído a mim no nascimento”, confessou, acrescentando que começou a questionar sua identidade na universidade, onde começou a “ler a teoria Queer e Teologia Trans” e conheceu novas pessoas.
Seu caso, no entanto, é uma repetição do que já acontece no Brasil e em outros países, onde as universidades se tornaram um campo de lavagem cerebral através das ideologias disseminadas pelo movimento progressista. Na Escócia, agora, os entusiastas contam também com a influência da igreja na sociedade.