Um diácono da Igreja Maranata foi preso na última terça-feira, 04 de fevereiro, por abuso sexual de uma menor de idade na região metropolitana de Vitória (ES).
O religioso Luiz Antônio Schelemberg, 42 anos, é empresário, casado e pai de quatro filhos. Após sua detenção, foi encaminhado ao Centro de Triagem onde aguarda a conclusão das investigações.
Segundo a Polícia, Luiz Antônio foi preso em flagrante numa casa onde ele mantinha a menina, de 14 anos de idade. De acordo com o G1, os policiais disseram ter apurado que as relações sexuais vinham acontecendo desde 2013, quando a menina tinha apenas 13 anos.
A prisão aconteceu depois de uma denúncia relatando que a menina vivia sozinha na casa e recebia visitas diárias de um homem mais velho. O delegado Danilo Bahiense disse que no momento da prisão, o diácono estava em posse de preservativos e duas marmitas.
Há a suspeita de que Luiz Antônio tenha se aproveitado de sua função eclesiástica para convencer a menina a manter relações sexuais com ele: “Ele tinha alguma projeção sobre essas crianças, porque ele ministrava um curso, inclusive com encontros aos sábados. Daí ele e essa menina passaram a se conhecer, até que um determinado dia ele levou a menina em casa por volta das 21h e conversou bastante tempo com ela, que reclamou da situação que ela passava com a família. Foi quando iniciaram o relacionamento. Mas a primeira relação sexual foi na verdade em setembro do ano passado. Ela ficava todos os dias naquela casa e não saía. Ele levava marmita pra ela todos os dias e comiam juntos. Ali também era o local onde mantinham relações sexuais”, relatou Bahiense.
Por meio de seu advogado, a Igreja Maranata afirmou que ainda não foi informada oficialmente sobre o fato, e pretende tomar conhecimento do ocorrido e aguarda que Luiz Antônio seja responsabilizado por seus atos. A denominação reconheceu que o diácono é frequentador de uma de suas filiais, mas negou que ele tenha funções administrativas na igreja.
Em entrevista ao jornal A Gazeta, a adolescente disse que não queria que o nome da igreja fosse envolvido no escândalo, pois a instituição “não tinha culpa” dos fatos, e que não pretendia voltar a viver com sua família, na Bahia: “Para viver em um lugar onde eu não tenho amor, não tenho carinho e não tenho nada, prefiro viver sem ninguém”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+