A Igreja Mundial do Poder de Deus e a Igreja Internacional da Graça de Deus são as duas maiores beneficiadas com a decisão do presidente Jair Bolsonaro em sancionar um dos artigos que anistiavam valores cobrados pela Receita Federal.
Apesar de vetar dois artigos do projeto aprovado pelo Congresso Nacional, Bolsonaro sancionou um que anistiou valores cobrados relacionados à contribuição previdenciária sobre os salários dos pastores, bispos e demais líderes religiosos.
A instituição liderada por Valdemiro Santiago tinha um débito de R$ 91,4 milhões relacionado à contribuição previdenciária, e era a instituição religiosa com maior dívida nesse quesito.
A Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada pelo missionário R. R. Soares – pai do deputado federal David Soares (DEM-SP), autor da emenda – tinha uma dívida de R$ 37,8 milhões em contribuições previdenciárias. A Igreja Universal do Reino de Deus não integra a lista de entidades religiosas com dívidas junto à Receita Federal.
De acordo com informações do portal O Tempo, a Igreja Batista da Lagoinha, liderada pelo pastor Márcio Valadão, devia quase R$ 2,3 milhões, que agora estão anistiadas. Essa igreja, no entanto, ainda tem R$ 7.890.997,91 em dívidas tributárias, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Esses são valores que não foram anistiados ainda, mas poderão ser caso o Congresso Nacional derrube o veto de Jair Bolsonaro. Já há articulação para que isso aconteça, e a bancada evangélica já encomendou parecer jurídico para embasar reversão da decisão do presidente.
A Assembleia de Deus sediada em Salvador (BA) tinha uma dívida de R$ 9,9 milhões, sendo que R$ 7,8 eram previdenciários e foram anistiados.