Uma reunião inclusiva incorreu em blasfêmia ao tentar adequar sua linguagem de culto aos conceitos do “politicamente-correto” nos movimentos feminista e LGBT. A “inovação” consiste em se referir a Deus, Jesus e o Espírito Santo com termos do dialeto próprio dessas comunidades.
Além da heresia de não reconhecer a homossexualidade como pecado, os organizadores da celebração na igreja Westcott House, em Cambridge, Inglaterra, se referiram a Deus como “gloriosa” e “tia”, enquanto Senhor foi substituído por “Duquesa”. A mudança, segundo argumentaram os criadores do livro Bíblia Polari – uma paráfrase da Bíblia que contém o que convém aos adeptos da teologia inclusiva – aconteceu porque Deus é um “termo machista”.
Os adeptos da teologia inclusiva realizaram sua celebração como parte do mês LGBT, uma tentativa da comunidade homossexual de incutir sua cultura aos demais setores da sociedade, visto que a Inglaterra tratava como crime o sexo entre duas pessoas do mesmo gênero até a década de 1960, de acordo com informações da BBC.
Hoje, a teologia inclusiva já se permeou até na Igreja da Inglaterra, de tradição anglicana. Hoje, a denominação realiza cerimônia de uniões homossexuais e ordena pastores e bispos LGBT.
Na celebração da Westcott House, a Bíblia Polari foi usada pela primeira vez de forma oficial desde seu lançamento, em 2003. O registro do uso dos termos blasfemos foi encontrado porque a denominação, assim como outras igrejas históricas, imprime e distribui e ordem do culto.
O absurdo da iniciativa teve eu ápice no encerramento, quando ao invés do tradicional “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”, a oração lida foi “todo o arraso seja para a Tia, para o Chegado e a Fada Fabulosa”.
A divulgação do fato levou o pastor Chris Chivers, responsável pela Westcott House, a se manifestar reprovando o uso dos termos blasfemos no templo da igreja: “Reconheço plenamente que os conteúdos do culto estão em desacordo com a doutrina e o ensino da Igreja da Inglaterra e isso é extremamente lamentável”, explicou em nota, afirmando que a mudança não havia sido autorizada.
“Isso causou considerável preocupação e inquietação, por isso falei com as pessoas envolvidas na organização do culto. Vamos usar mecanismos internos da igreja para garantir que isso nunca mais aconteça”, frisou.