Os números mostrados pelo Censo de 2010, divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o número de evangélicos cresceu 61,45% no Brasil nos últimos dez anos. Um dos dados que chamou a atenção nesse crescimento foi a Igreja Mundial do Poder de Deus, denominação que nem mesmo aparecia da contagem de 2000.
Fundada liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, a igreja apareceu pela primeira vez no censo brasileiro já com 315 mil fiéis. A denominação foi fundada a cerca de 14 anos em Sorocaba por Santiago, após ele deixar a Igreja Universal, onde era pastor.
– Ela apareceu (no Censo 2010) com 315 mil pessoas e em 2000 nem aparecia. Foi a única denominação nova que se ressaltou no número de declarantes – afirmou o pesquisador Claudio Dutra Crespo, da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, sobre o crescimento da Mundial.
Em contraste ao franco crescimento da Igreja Mundial, estão os números da Igreja Universal do Reino de deus. A igreja fundada pelo bispo Edir Macedo perdeu 229 mil adeptos, passando de 2,102 milhões para 1,873 milhão em comparação feita pelo IBGE entre o Censo de 2010 e o de 2000.
De acordo com a BBC, o crescimento da Igreja Mundial é destacado também por sua forte presença no exterior, já tendo atuação em 18 países. A publicação mostrou como exemplo do crescimento da Mundial a recente inauguração de seu templo em Montevidéu, no Uruguai.
Aberta há dois meses na cidade, e em funcionamento das 8h às 21h, o lugar é a sede da IMPD no país vizinho e o quinto endereço inaugurado em sete meses, dentro do projeto de instalar “pelo menos uma igreja em cada um dos 19 Departamentos (Estados) do Uruguai”, diz à BBC Brasil o pastor Mário Nicolau, 39.
O crescimento dos evangélicos foi motivado principalmente pelo crescimento das igrejas pentecostais, e a Assembleia de Deus é destacada como a denominação evangélica que mais cresceu entre 2000 e 2010, passando de 8,4 milhões para 12,3 milhões de fiéis.
– O crescimento dos evangélicos foi impulsionado, principalmente, pelas igrejas pentecostais. As de missão pararam de crescer – explica Cláudio Dutra.
Fonte: Gospel+