A fase final do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) por crime de responsabilidade começou na manhã desta segunda-feira, 29 de agosto, no Senado, com um discurso da mandatária.
Dilma, que de acordo com todos os analistas políticos, não tem os votos necessários para derrotar o processo de impeachment, pediu aos evangélicos que orem “contra o golpe”.
Em uma carta enviada à Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, a presidente afastada pede que o grupo fique atento ao início de “uma importante etapa do julgamento do processo de impeachment no Senado”, e agradece as manifestações de apoio.
“Sei que vocês não oram apenas por mim, mas pelo restabelecimento da ordem democrática, um valor que está acima de todos nós. Mas a vitória sobre o golpe implica mais que que isso”, disse a presidente, ignorando o fato de que o processo de impeachment está previsto na Constituição Brasileira, e foi instalado seguindo os procedimentos regimentais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, sob escrutínio do Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio julgamento é presidido pelo ministro do STF, Ricardo Lewandovski, nomeado para o cargo por seu antecessor, Lula (PT).
A presidente afastada diz, na carta, que sua ida ao Senado tem como propósito se defender “humilde e respeitosamente”, e que quer garantir que os senadores reflitam para não cometerem o que chamou de “injustiça” com seu afastamento definitivo.
“Impeachment sem crime é ruptura institucional. É o mesmo que rasgar a Constituição-cidadã, que foi escrita com muito sacrifício em 1988. Impeachment sem crime comprovado é golpe”, repetiu.
A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito mantém uma página no Facebook, com pouco mais de 1.800 seguidores.