Apesar da intensa perseguição religiosa sofrida pelos cristãos que vivem na República Islâmica do Irã, o cristianismo vem crescendo no país de forma “surpreendente”, segundo relatos de um autor que pesquisa temas ligados ao Oriente Médio.
Daniel Pipes é um historiador e comunicador americano com particular interesse nos fatos relacionados ao Oriente Médio. Em um artigo publicado no portal Newsweek, ele se mostrou surpreso ao constatar que o cristianismo vem “florescendo” no Irã.
Pipes foi citado em outro artigo, dessa vez escrito por Lela Gilbert no Washington Stand, onde ela destaca a importante constatação feita pelo colega. “Surpreendentemente, há um número explosivo de conversões sobre o cristianismo ocorrendo no Irã”, diz ela em seu texto.
“Eu tomei consciência dessa notícia surpreendentemente boa quando morei em Israel —, foi discutida entre grupos focados no evangelismo no Oriente Médio. Depois que voltei aos EUA, li um relatório inesperado de Daniel Pipes”, lembra Lela.
Em seu artigo, Pipes diz que “algo religiosamente surpreendente está ocorrendo no Irã, onde um governo islâmico governa desde 1979: o cristianismo está florescendo. As implicações são potencialmente profundas.”
Vencendo a perseguição
As informações são de grande importância, pois revela o quanto Deus tem respondido às orações dos crentes iranianos. O país, para que o leitor entenda melhor, ocupa a 8° posição entre as nações que mais perseguem os seguidores de Jesus no planeta, segundo a Portas Abertas.
Lela também citou uma pesquisa secular, feita por um grupo não cristão, que corrobora com as observações de Pipes. O documento publicado em 2020 e noticiado pelo Christian Today aponta que o número de cristãos no Irã, de fato, é bem maior do que o divulgado oficialmente, ultrapassando a casa do milhão.
Para um país controlado pela teocracia islâmica, onde conversões são proibidas, bem como a pregação cristã, a Igreja de Cristo tem demonstrado coragem e resistência surpreendentes.
Para Lela, a força do cristianismo no Irã se deve aos cultos domésticos e ao testemunho dos crentes. “Essas igrejas domésticas geralmente são compostas por não mais que 10 a 15 crentes. Em um determinado dia, eles chegam, um por um, a um apartamento pequeno ou a algum outro local indescritível”, diz ela.
Apesar da ótima perspectiva, a autora lembra que as orações não podem parar, já que a perseguição continua sendo um grande problema no país. “Hoje, quando vemos ‘Irã’ nas manchetes, somos sábios em nos preocupar”, diz ela.
“Vamos orar pela intervenção de Deus nas intenções mortais do regime. Mas lembremos também de nossa família cristã pouco conhecida, mas em rápido crescimento, dentro das fronteiras do Irã”, conclui.
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