O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu participou do Christian Media Summit 2018, em Jerusalém, entre os dias 14 e 17 desse mês. Se trata de um encontro de mídias cristãs, ao todo cerca de 140 jornalistas estiveram no evento. O premiê fez um discurso contundente sobre o papel de Israel no Oriente Médio e destacou a importância dos cristãos contra o avanço do radicalismo islâmico.
“Israel é o único país do Oriente Médio onde a comunidade cristã prospera e cresce. Sem Israel, o islamismo radical conquistaria o Oriente Médio com facilidade. Israel não só protege a si mesmo, mas também protege os vizinhos”, disse Netanyahu.
O ministro israelense ressaltou a maneira como Israel é tratado pelos órgãos internacionais, especialmente a ONU, sempre de forma desfavorável, como se o país fosse o grande causador dos conflitos que afligem a região por décadas. Ele citou o reconhecimento de Jerusalém como sua capital como exemplo.
“Veja bem, a ideia de que não estamos ligados a Jerusalém é um fiasco inacreditável que você vê nas resoluções da ONU, da UNESCO. Esta tentativa de falsificar a história de Jerusalém e nossa conexão com esta terra é uma terrível injustiça para o povo judeu, que tem trajetória inigualável entre os povos”, disse o ministro.
Planos terroristas do Irã
Uma fala significativa de Benjamin Netanyahu é de causar espanto. O ministro afirmou que a República Islâmica do Irã não pretende só destruir Israel, mas todos os seus apoiadores e/ou os alicerces da sua cultura, da qual surgiu o cristianismo.
“O Irã não quer destruir só Israel… O Irã está organizando células terroristas em todo o mundo. Para o regime iraniano, somos o pequeno diabo, a Europa é o diabo médio, e os EUA são o grande demônio”, disse ele.
O ministro pediu também que os jornalistas se comprometessem com a divulgação da verdade, ressaltando a importância do mundo conhecer a verdadeira história dos judeus, algo que a mídia secular tem omitido ou distorcido para beneficiar o povo palestino.
“As pessoas têm que dizer a verdade. Vocês são embaixadores da verdade. E se há uma coisa que eu posso pedir que vocês façam é dizer a verdade. Digam a verdade sobre a nossa história, falem a verdade sobre o nosso presente, diga a verdade sobre quem quer a paz e quem não quer a paz”, concluiu o ministro, segundo o Jerusalém Post.
Evangelismo em “zonas proibidas”
De fato, os cristãos são os responsáveis por grande parte da resistência ao radicalismo islâmico no Oriente Médio. Prova disso é a coragem de muitos ao evangelizar nas chamadas “zonas proibidas”, especialmente no Iraque e na Síria.
“Se você é um cristão e pretende entrar naquelas regiões, precisa ser extremamente cuidadoso”, disse William, um representante da organização Portas Abertas. Ele explicou que apesar da derrota do Estado Islâmico nessas regiões, muitos islâmicos não aceitam a presença de cristãos e agem com violência.
“Mesmo assim é encorajador ver que as pessoas ainda estão testemunhando. Nenhuma área está fechada ao Evangelho porque é Deus que coloca no coração das pessoas a vontade de ir e pregar, apesar dos perigos”, disse ele, segundo informações do Christian Post.